Alimentação, treino, descanso e até hidroesteira: veterinário da seleção brasileira de hipismo explica ‘rotina de atleta’ dos animais para as Olimpíadas


Rogério Saito, de Sorocaba (SP), é responsável por treinar os cavalos para a prova de salto, que, neste ano, terão duas éguas de criação nacional. Veterinário cuida de cavalos da seleção brasileira de hipismo nas Olimpíadas
Há mais de 10 anos, o veterinário Rogério Saito, de Sorocaba (SP), trabalha com a Confederação Brasileira de Hipismo. O profissional já acumula três Olimpíadas no currículo. Agora, ele deu uma pausa no trabalho no interior de São Paulo e viajou até Paris para participar de mais uma edição da competição.
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“Em 2010, eu recebi o primeiro convite da Confederação Brasileira de Hipismo para poder participar do grupo dos cavalos de salto. Nós fomos disputar uma prova que chama-se Copa das Nações, que foi na Áustria. A gente fez uma medalha de prata e, aí, a partir daí, eles começaram a me chamar mais, e mais, e mais…”, relembra.
O “veterinário Olímpico” já teve muitas conquistas desde 2010, inclusive na primeira prova importante da carreira: o Pan-Americano de Guadalajara, em 2011, quando o Brasil conquistou a prata por equipe e bronze no individual. Agora, ele afirma que falta uma medalha para completar a coleção.
“Nós já tivemos bastante medalha nos Jogos Pan-Americanos, Sul-Americanos, Copa das Nações pelo mundo todo. Ouro, prata, bronze, mas realmente essa medalha olímpica é a que está faltando para nós. É a mais esperada, tanto obviamente para os cavaleiros, para o chefe de equipe, para o treinador, e muito para mim também”, projeta.
Veterinário que cuida de cavalos da seleção brasileira de hipismo nas Olimpíadas explica ‘rotina de atleta’ dos animais
Gustavo Marques/TV TEM
Para Rogério, responsável por treinar os cavalos para a prova de salto, os representantes brasileiros que disputarão as Olimpíadas têm tudo para subirem ao pódio. “A equipe está forte, está coesa. Os cavalos estão muito bem treinados, muito bem de saúde. Então, a gente está com uma expectativa bem boa”, diz.
A equipe que vai disputar os Jogos Olímpicos de Paris traz novidades: dois dos quatro cavalos são de criação nacional. Além disso, segundo Rogério, duas éguas participarão da prova de hipismo. “É fato que a criação nacional vem em uma crescente muito grande e vem colocando cada vez mais o nosso cavalo lá fora, fazendo as altas competições”, conta.
Rotina de atleta
Veterinário que cuida de cavalos da seleção brasileira de hipismo nas Olimpíadas explica ‘rotina de atleta’ dos animais
Gustavo Marques/TV TEM
Cada cavalo precisa de cuidados específicos. A rotina de cada animal é como se fosse a de um atleta, com alimentação, treino e descanso programados. Tem animal que faz, inclusive, hidroesteira, na qual o corpo fica parcialmente submerso, mas com os membros em contato com o piso.
“[A gente] já vem organizando a vida atlética deles já faz muito tempo, há alguns meses. E eu venho acompanhando já faz muito tempo esses cavalos, na realidade, mas eu preciso muito do trabalho do nutricionista, do quiroprata, do osteopata, do fisioterapeuta. Então, a gente tem uma equipe muito forte, uma equipe bem coesa, que a gente trabalha junto, realmente, para colocar o cavalo na melhor performance dele”, afirma.
Agora, a expectativa do veterinário é retornar ao haras de Porto Feliz (SP) com uma medalha no peito. As provas de hipismo começam neste sábado (27), em Paris. No entanto, a categoria de salto, para a qual Rogério treinou os cavalos, começa na quarta-feira (31).
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