Plataforma pernambucana promete revolucionar o combate a doenças infecciosas

Uma tecnologia inovadora, desenvolvida em Pernambuco com apoio internacional, está despontando como uma nova aliada no enfrentamento de doenças infecciosas. Batizada de AMPARO, a plataforma medicamentosa utiliza a proteína recombinante humana MBL (rhMBL) e já apresenta resultados promissores em testes pré-clínicos, sinalizando o potencial para uma nova geração de medicamentos.

Um dos grandes diferenciais de AMPARO é a sua versatilidade. A plataforma pode ser adaptada para tratar uma ampla gama de doenças infecciosas, incluindo infecções causadas por bactérias resistentes a antibióticos, fungos e vírus.

“Além disso, estamos planejando investigar a combinação da rhMBL com um gel derivado de uma planta nativa da América do Sul, desenvolvida pela professora Priscilla Sales da UPE, que poderá ser utilizada para o tratamento de úlceras, com especial atenção a pacientes com pé diabético ou acamados” afirma a professora Patrícia Moura, líder da equipe de pesquisa.

A aplicação prática de AMPARO pode beneficiar diretamente o Sistema Único de Saúde (SUS) “Através da tecnologia é possível otimizar internações prolongadas e racionalizar o uso de recursos hospitalares. Ao viabilizar tratamentos domiciliares acessíveis, a tecnologia ajuda a aliviar a pressão sobre os serviços de saúde de alta complexidade”, explica a professora.

Só no Brasil, os custos anuais relacionados ao tratamento de infecções graves por Candida – um dos principais focos de AMPARO – alcançam US$ 300 milhões. Essas infecções afetam cerca de 3 milhões de pessoas por ano, prolongando internações e demandando medicamentos de alta toxicidade e custo elevado, o que sobrecarrega os sistemas hospitalares.

A plataforma também promete avanços no tratamento de úlceras relacionadas ao pé diabético. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, os custos anuais com essas condições podem chegar a R$ 1 bilhão, com internações muitas vezes resultando em amputações e complicações que agravam os custos e impactam diretamente a qualidade de vida dos pacientes.

“A plataforma AMPARO possui a capacidade de reconhecer células alteradas ajudando em sua eliminação. Esse princípio é a base para seu emprego no tratamento complementar para o câncer e doenças inflamatórias. A remoção de restos celulares e de células cancerígenas é uma das características que torna AMPARO um medicamento inovador para terapia complementar no combate ao câncer e doenças inflamatórias” Explica a professora Patrícia Moura.

De acordo com o biomédico e gestor de inovação da Of Joseph PB&T, empresa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, Anderson Vasconcelos, AMPARO representa uma nova esperança no tratamento de doenças infecciosas: “Acreditamos que essa plataforma pode transformar a abordagem terapêutica e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas”.

A equipe de pesquisadores da Universidade de Pernambuco, em parceria com a Of Joseph PB&T, trabalha para transformar a plataforma AMPARO em uma empresa e avançar para os testes clínicos. O objetivo é criar medicamentos que atendam às necessidades do SUS e sejam também comercializados globalmente.

Da assessoria

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