Envelhecimento populacional estimula procura por imóveis com acessibilidade no interior de SP


Com aproximadamente 16% da população brasileira representando idosos, o mercado imobiliário passa a voltar os olhos para esta parcela de consumidores, que precisa de serviços específicos para uma melhor qualidade de vida. Apartamentos e casas podem ser adaptadas para idosos
Habiarte/Divulgação
O envelhecimento populacional, impulsionado pela baixa taxa de natalidade e alta expectativa de vida, tem impactado o mercado imobiliário, que investe em produtos e cuidados especiais para garantir uma melhor qualidade de vida.
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De acordo com Alessandro Souto, proprietário de uma imobiliária, a tendência já pode ser observada como um movimento crescente. Para ele, acessibilidade é a palavra-chave quando se pensa em terceira idade.
“São filhos e familiares que observam o envelhecimento dos pais e buscam unidades pensadas para atender as necessidades dos idosos. De cada 10 contatos que recebemos, sete são de filhos que estão procurando imóveis com acessibilidade para os pais”, conta.
Alessandro afirma que a tendência já é uma realidade
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O empresário conta que, entre os tipos de residências procuradas, as casas térreas ocupam o topo da lista, com 40% do total das pesquisas. O principal motivo é a ausência de escadas, que podem ser perigosas para os idosos, causando quedas e outros acidentes.
“Para as pessoas mais velhas, escadas são obstáculos. Barras e portas mais largas são diferenciais que também chamam atenção desses clientes, pois permitem a passagem de uma cadeira de rodas, por exemplo”, explica.
Reformas e adaptações
Integrante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (Aeas), José Antônio de Milito destaca o crescimento de reformas residenciais devido ao envelhecimento da população. A acessibilidade pode ser adquirida, normalmente, nos imóveis que já são habitados por idosos.
“As pessoas já estão se preocupando com essas questões de acessibilidade pensando na velhice ou em uma situação de terem a mobilidade reduzida temporariamente. Elas não necessariamente precisam mudar de casa, e sim, transformá-las em um lugar acessível”, pontua.
José Antônio afirma que o envelhecimento populacional não é um problema para a engenharia
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Para o caso de pessoas que pensam em adaptações, Milito orienta que os vãos das portas devem ter 80 centímetros de distância ou mais, para facilitar a passagem. Além disso, a implantação de rampas para acessos em desníveis pode ser uma boa aliada para melhorar a qualidade de vida.
“Se a casa já estiver pronta, é possível colocar pequenas rampas para acesso em desníveis, como degraus em portas. Também, instalar barras para apoio no box dos banheiros, fitas antiderrapantes nos degraus e rampas, e ter uma boa iluminação são boas opções”, compartilha.
Ainda de acordo com Milito, a instalação de maçanetas do tipo “alavanca”, torneiras monocomando e rampas com corrimão também são soluções que facilitam a rotina de idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Evitar móveis com cantos retos também é essencial para a prevenção de acidentes.
Planejamento e segurança: prédios exigem manutenção antes e depois da obra
Com o desenvolvimento da tecnologia, ferramentas de comando de voz podem ser úteis na contribuição para um ambiente seguro aos idosos. Hoje, há assistentes que utilizam inteligência artificial para substituir ações antes realizadas manualmente.
“Existem recursos visuais e sonoros que, hoje, facilitam a movimentação e a circulação com segurança nas residências. As assistentes virtuais e inteligências artificiais controladas através da fala podem ajudar a realizar ações mais simples, como ligar luzes e fechar portas”, conta.
“Embora o envelhecimento populacional não seja um problema, em todos os casos, é necessário procurar um profissional para orientar reformas e adaptações nas residências. Isso garante a execução correta e o cumprimento das normas e boas práticas”, finaliza.
Acessibilidade é essencial nas residências habitadas por idosos
Divulgação/Prefeitura de Volta Redonda
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