Teka tem falência declarada após 13 anos de recuperação judicial; atividades continuam

O Juízo da Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul decretou a falência da Teka, uma das maiores indústrias têxteis do Brasil, determinando, no entanto, a continuidade de suas atividades.

A decisão, assinada pelo juiz Uziel Nunes de Oliveira, atende ao pedido da administração judicial da companhia, a Leiria & Cascaes Administração Judicial, representada pelo advogado Pedro Cascaes Neto.

A medida encerra um processo de 13 anos de recuperação judicial, garantindo a manutenção dos empregos e operações da empresa.

Segundo a sentença, o passivo superior a R$ 4 bilhões tornou inviável o pagamento integral das dívidas, mesmo com a gestão provisória conduzida pelo engenheiro Rui Otte, que permanecerá à frente da empresa sob supervisão da administração judicial.

Com a decisão, os empregos e contratos atuais seguem preservados, afastando dúvidas sobre o futuro da Teka. A empresa continua operando normalmente em suas unidades de Blumenau (SC) e Artur Nogueira (SP), onde emprega cerca de dois mil funcionários e mantém uma extensa rede de clientes e fornecedores.

Segundo o advogado Pedro Cascaes Neto, a manutenção das atividades é estratégica para preservar o valor dos ativos e aumentar a atratividade da companhia para potenciais investidores.

“Manter a empresa em operação durante o processo de falência é uma medida que preservará o valor dos ativos de forma mais eficaz.

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A continuidade dos negócios também aumentará a probabilidade de atrair interessados na aquisição da companhia em funcionamento, seja para prosseguir com suas operações ou apenas para adquirir seus ativos, o que é vantajoso para todos e propiciará um desfecho melhor para o feito falimentar”, explica Cascaes Neto.

A sentença também trouxe críticas à conduta do acionista Alumni Fundo, de São Paulo, cuja gestão foi apontada como um dos fatores que comprometeram a recuperação da empresa.

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