“Nós temos dificuldade é na sobrecarga elétrica”, diz secretária interina de Educação sobre problemas com ar-condicionado

A demanda por ar-condicionado nas escolas de Balneário Camboriú chegam a cada semana à Rádio Menina, e nos últimos dias, o problema na fiação de algumas escolas foi o ponto mais discutido. Isso porque apesar de possuir os aparelhos de ar-condicionado, havia queda de energia, pois a fiação da estrutura não suportava os aparelhos ligados. A Secretária Interina de Educação Kelli Cristina Dacol, esclareceu algumas das demandas.

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Em um primeiro momento, havia sido recebida a informação de que o Centro Educacional Municipal Presidente Médici estaria realizando uma rifa para compra de aparelhos de ar-condicionado. Segundo a secretária, esse é um movimento da Associação de Pais e Professores e eles têm total autonomia para buscar o que acham necessário para determinada unidade.

Porém, Kelli informou que a compra de ares-condicionados não seria necessária, já que a prefeitura comprou os equipamentos, inclusive há algumas peças em estoque. O problema, apontado pela secretária, é que houve falta de comunicação entre a pasta e as diretoras, pois não haveria a necessidade da rifa com esse objetivo.

“Nós temos dificuldade é na sobrecarga elétrica em algumas unidades que acabam por gerar uma constante queima de aparelhos. A cada queda de energia você tem uma quantidade de aparelhos que precisam passar por uma nova manutenção, revisão, alguns estão queimados”, explicou. A secretária ainda ressaltou que é preciso analisar cada unidade para ver o que comporta a sua estrutura elétrica.

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Quanto ao fato de haver a falha na comunicação entre a Secretaria de Educação e as diretoras das unidades, ela comentou que estão buscando melhorar, pois há muitos profissionais que são novos na área.

Kelli Cristina destacou que percebe e entende que a comunidade está ansiosa por conta dos problemas com os aparelhos de ar-condicionado, porém o governo herdou uma estrutura em colapso na rede elétrica, e estão buscando resolver o problema.


Problemas mais graves do que a compra de ar-condicionado

A secretária interina explicou que desde 2013, a rede municipal começou a receber a instalação de ar-condicionado, mas que muitas escolas foram construídas na década de 70, 80 e 90, sem planejamento dentro dos projetos elétricos para receber esse número de equipamentos.

Em razão disso, Kelli Cristina ressalta que nos últimos 10 anos não houve nenhuma melhora na estrutura física, rede elétrica e hidráulica das unidades, apenas manutenções corretivas. Segundo ela, desde 2017 já se começava a discutir esses problemas e no ano de 2019, foi realizado um projeto e concluído somente em 2022. A Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri) elaborou melhorias na rede elétrica, mas não houve prioridade na execução.


O que será feito?

Entre as ações realizadas pela prefeitura está o acompanhamento de um engenheiro elétrico para elaborar um laudo de todas as unidades para poder entender a situação e traçar uma estratégia de ampliação junto à Celesc. A ação foi definida em três passos.

1° Ampliação e elaboração do projetos para realizar a abertura dos chamados junto à Celesc;
2° Uma frente só para reduzir riscos nas unidades;
3° Combate à crise, que vai alinhar a Secretaria de Educação e a administração das unidades escolares.


Infiltração no Iate Clube

Outra demanda apresentada pelos pais dos alunos foi a infiltração no telhado do Centro Educacional Municipal Iate Clube. De acordo com Kelli Cristina, uma equipe foi escalada para ir até o local verificar e resolver a situação.

No entanto, ela destaca que várias unidades vão sofrer com goteiras nos telhados e infiltrações, mas a equipe já está preparada e elaborou um documento com as unidades mais críticas para realizar os reparos emergenciais.


Cancelamento de aulas

Quanto ao cancelamento de aulas por conta dos problemas com ar-condicionado, a secretária interina informou que a rede de ensino possui mais de 15 mil alunos e que a paralisação das aulas prejudicaria muitos pais que precisam deixar seus filhos em unidades de ensino para trabalhar.

“Aqueles (alunos) que são afetados por conta do calor são uma mínima proporção, então nós não podemos cancelar as aulas. O que nós temos, é para aqueles que acharem que estão com uma dificuldade (por conta do calor), é de não ir para aula, aí a gente tem essa possibilidade de ter essa conversa, mas em casos muito críticos”, explicou.

Ela finalizou informando que a prefeita Juliana Pavan (PSD) assinou um decreto emergencial que cria uma comissão de obras para auxiliar na manutenção dos problemas relacionados ao ar-condicionado.


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