Do trigo ao coco: veja 10 tipos de farinha e qual é a mais saudável, segundo nutricionista

Existem diversos tipos de farinha e, por isso, escolher a correta pode ser mais complexo do que parece. Algumas são ricas em proteínas, outras com baixo teor de carboidratos, e muitas estão carregadas de vitaminas e minerais. Como então escolher a farinha mais saudável para suas necessidades?

Saiba quais são os diferentes tipos de farinha – Foto: Canva/ND

Segundo a nutricionista Maxine Yeung, entender os diferentes tipos de farinha e o que eles trazem para a mesa pode ajudá-lo a fazer a melhor escolha para suas necessidades de panificação e culinária. Por isso, a especialista listou dez tipos de farinha e apontou qual a mais saudável entre elas. Veja abaixo:

10 tipo de farinhas e as mais saudáveis entre elas

Farinha de trigo refinada

A farinha de trigo refinada, ou farinha branca, é a mais comum em muitas cozinhas. Versátil, ela é indicada para assados, empanados e espessamento de molhos. No entanto, por ser refinada, seu conteúdo de fibras e proteínas é inferior ao de farinhas alternativas integrais.

Uma xícara de farinha de trigo refinada contém 455 calorias, 13 gramas de proteína, 95 gramas de carboidratos e 3,5 gramas de fibra.

Farinha de trigo integral

Feita a partir do grão de trigo inteiro, é um dos tipos de farinha rica em fibras, ferro e vitaminas do complexo B. Estudos mostram que uma xícara de farinha integral fornece 38% das necessidades diárias de vitamina B6 e 37% de niacina, ambos essenciais para o metabolismo.

Ela também tem menos calorias (408) e carboidratos (86 gramas), mas é mais rica em proteínas (16 gramas) e fibras (13 gramas, mais de três vezes o conteúdo de fibra da farinha branca).

Embora seja mais densa, pode ser necessário adicionar mais líquidos às receitas para obter a mesma textura da farinha branca.

Farinha de trigo sarraceno

O trigo sarraceno, apesar do nome, é um dos tipos de farinha que é naturalmente sem glúten. Sua farinha, rica em proteínas (11 gramas por xícara) e fibras (12,5 gramas), é ideal para receitas mais densas como pães rápidos e panquecas.

Também contém rutina, um composto com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que pode ajudar a reduzir a pressão arterial e o colesterol.

Porém, seu valor calórico é de cerca de 400 por xícara, com 90 gramas de carboidratos.

Farinha de aveia

Com alto teor de fibras (10 gramas por xícara), a farinha de aveia é rica em beta-glucanas, um tipo de fibra solúvel que ajuda a reduzir o colesterol, regular o trânsito intestinal e diminuir o risco de doenças cardíacas. Por ser mais densa, pode ser necessário combiná-la com outras farinhas para obter melhores resultados na panificação.

Uma xícara de farinha de aveia possui 360 calorias e 64 gramas de carboidratos, além de 12 gramas de proteína.

Farinha de amêndoa

A farinha de amêndoa, feita a partir de amêndoas descascadas e moídas, é uma das alternativas mais populares para dietas com baixo carboidrato, com apenas 16 gramas de carboidratos por xícara, contra 95 gramas da farinha branca.

Embora seja mais calórica (600 calorias por xícara), ela contém 25 gramas de proteína, o que é quase o dobro da farinha branca. Além disso, é uma excelente fonte de magnésio, ajudando na função muscular, controle de açúcar no sangue e saúde óssea.

Farinha de arroz

Feita a partir de arroz branco ou integral, a farinha de arroz é uma opção de fácil digestão e com baixo teor de proteínas (1 grama por xícara), tornando-a uma boa escolha para pessoas com estômagos sensíveis. Ela é rica em manganês, um mineral que apoia a imunidade e a saúde óssea, e cada xícara fornece cerca de 524 calorias e 113 gramas de carboidratos.

Farinha de trigo para pão

Desenhada especialmente para pães, esse é um dos tipos tipos de farinha que tem um conteúdo mais alto de proteínas (20 gramas por xícara), essencial para a formação do glúten e para dar ao pão a textura mastigável que o caracteriza.

Ela tem mais calorias (520) e carboidratos (104 gramas) do que a farinha branca, mas seu conteúdo de fibra é de 4 gramas por xícara, o que é aproximadamente o mesmo.

Farinha de quinoa

Feita a partir de sementes de quinoa moídas, esse é um dos tipos de farinha que é uma excelente alternativa sem glúten e rica em proteínas completas, o que significa que contém todos os aminoácidos essenciais.

Além disso, é uma boa fonte de ferro e manganês, com 430 calorias, 13 gramas de proteína, 78 gramas de carboidratos e 7 gramas de fibra por xícara.

Farinha de mandioca

A farinha de mandioca, também conhecida como farinha de yuca, tem um sabor neutro e é adequada para várias receitas. Apesar de ser baixa em proteínas (apenas 1 grama por xícara), ela é rica em ferro, fornecendo aproximadamente 5,5 gramas por xícara. Ela contém 500 calorias, 122 gramas de carboidratos e 7 gramas de fibra.

Farinha de coco

A farinha de coco é a farinha com o maior teor de fibras desta lista, com 44 gramas por xícara. Ela é rica em fibras insolúveis, que ajudam a promover a digestão saudável e o trânsito intestinal regular. Embora tenha um sabor e uma leve doçura de coco, ela é uma ótima alternativa para quem segue dietas sem glúten e grãos.

Além disso, a farinha de coco fornece 21 gramas de proteína e uma excelente quantidade de ferro e selênio. Contudo, é mais calórica (560 calorias por xícara) e tende a absorver muita umidade, por isso é recomendado misturá-la com outras farinhas.

Tipos de farinha e suas propriedades

Em cada um dos tipos de farinha, suas propriedades nutricionais pode ser mais ou menos adequada dependendo das suas necessidades dietéticas – Foto: Canva/ND

Em cada um dos tipos de farinha, suas propriedades nutricionais pode ser mais ou menos adequada dependendo das suas necessidades dietéticas. Sendo assim, optar por farinha rica em fibras, proteínas e micronutrientes, como as farinhas integrais ou alternativas sem glúten, pode trazer benefícios para a saúde digestiva, controle de colesterol e até mesmo ajudar no controle do peso.

Além disso, pesquisas mostram que as farinhas com menor índice glicêmico, como as de aveia e amêndoa, ajudam a manter o equilíbrio de açúcar no sangue.