Alvo de operação por morte de advogado tem histórico de homicídios e disputa de terra, diz delegado


Renato Gomes Nery, de 72 anos, chegava para trabalhar no escritório quando foi atingido, no dia 5 de julho. A Polícia Civil suspeita que o crime tenha sido executado por um policial, pela forma como tudo ocorreu. Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos
Divulgação
O alvo da operação que cumpriu três mandados de busca e apreensão pela morte do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, que ocorreu em Cuiabá, começou a ser investigado por causa do histórico de processos por homicídios e execuções por disputas de terras, segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno Sérgio Magalhães Abreu.
De acordo com o delegado, a corporação suspeita que a morte de Nery tenha sido executada por um policial, pela forma que o crime foi cometido. Magalhães ainda disse que o suspeito tinha várias armas registradas no nome dele, sendo que uma delas era similar a que foi usada para matar o advogado.
“Esta semana, realizamos uma busca na residência desse possível atirador, que poderia ter fornecido as armas ao executor do crime. Quando chegamos ao local, ele já sabia que estava sendo investigado e afirmou que as armas não estavam lá, pois as havia escondido”, contou.
O delegado confirmou que o suspeito não é integrante de nenhuma facção criminosa, mas só “uma pessoa que sabe atirar”. De acordo com as investigações, o alvo da operação dá aulas de tiro.
As investigações apontaram que o crime foi motivado por disputas de terra relacionadas ao processo do advogado assassinado. “Tudo aponta para uma disputa de terra que envolvia grandes somas de dinheiro. Este atirador não estaria diretamente envolvido na briga, mas poderia ter sido contratado por outra pessoa”.
Segundo Magalhães, o suspeito é apontado como um intermediário do crime. A Polícia Civil informou que o próximo passo da investigação é aguardar provas técnicas para analisar maiores detalhes e, consequentemente, localizar o atirador.
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A operação
Na manhã desta terça-feira (30), as ordens judiciais foram cumpridas em Guarantã do Norte, Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo a polícia, durante o cumprimento de um dos mandados, um dos investigados resistiu à entrada da equipe e negou a entrega das armas de fogo, afirmando que as escondeu.
Ainda de acordo com a polícia, o material apreendido passará por análise, e as investigações continuam para esclarecer quem cometeu o crime.
Relembre o caso
Advogado é baleado em frente a escritório de Cuiabá
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão. (assista acima)
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
“É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido”, disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
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