Ecoturismo na Amazônia: com mais de 30 cachoeiras, sítios arqueológicos e praias de água doce, a Serra das Andorinhas é um paraíso natural


Um encontro entre os biomas Cerrado e Amazônia, a região revela uma combinação única de paisagens para o turismo ecológico e de aventura. Serra das Andorinhas – Rapel
Ideflor-Bio
O Parque Estadual da Serra das Andorinhas é um pedaço surpreendente do Pará. Um encontro entre os biomas Cerrado e Amazônia, a região revela uma combinação única de paisagens para o turismo ecológico e de aventura: cachoeiras, sítios arqueológicos, cavernas, grutas, registros rupestres, trilhas e mirante para contemplação do Rio Araguaia.
A Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral foi criada em 1996, e abrange uma área de 24.897 hectares no município de São Geraldo do Araguaia, na região sudeste do estado. Vale ressaltar que, para uma visitação segura, é fundamental que os visitantes adentrem a UC com um condutor de trilha devidamente autorizado pelo Ideflor-Bio.
“Contratar um condutor de trilha devidamente autorizado pelo Instituto é fundamental para garantir a segurança dos visitantes ao explorar os pontos turísticos. Além de conhecerem profundamente a região, esses profissionais estão preparados para lidar com possíveis situações de risco, proporcionando uma experiência segura e preservando a integridade do ambiente natural”, destaca o biólogo do Instituto, Wagner Bastos.
Serra das Andorinhas – Cachoeira das 3 Quedas
Cachoeiras
Umas das principais características do Parque são as mais de 30 cachoeiras catalogadas. Com suas águas cristalinas, geladas e quedas d’água impressionantes, elas proporcionam momentos de relaxamento e conexão com a natureza. Além disso, os visitantes podem desfrutar de diversos mirantes espalhados pela região, que oferecem vistas panorâmicas.
Entre as formações rochosas mais grandiosas, destaca-se a Casa de Pedra, um dos pontos mais altos da Serra das Andorinhas, que proporciona uma visão deslumbrante da paisagem ao redor. O local também é bastante frequentado por abrigar um pequeno altar em devoção ao Divino Espírito Santo, que atrai dezenas de fiéis no mês de outubro de cada ano.
Há também a Cachoeira das 3 Quedas, com opções de acampamento, realizadas com reservas, estão disponíveis no local, bem como refeições.
Serra das Andorinhas – Praia de água doce
Praias
Outro diferencial do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas é a presença do rio Araguaia em seu território. Essas águas formam belíssimas praias de água doce, como o Remanso dos Botos e a da Santa Cruz dos Martírios. Os visitantes têm a oportunidade de se refrescar nas águas calmas do rio, aproveitando momentos de lazer e tranquilidade em meio à natureza exuberante.
Serra das Andorinhas – Cavernas
Cavernas
No Parque Serra das Andorinhas já foram registradas cerca de 400 cavernas oficiais, sendo que pelo menos 600 são conhecidas pelos estudiosos, que acreditam que a região possui mais de mil. Uma das mais conhecidas é a Caverna da Serra das Andorinhas e a do Morcego.
Serra das Andorinhas – Mirante
História
Além de suas belezas naturais, o Parque também possui um importante valor histórico. Durante a “Guerrilha do Araguaia”, um dos períodos mais marcantes da história brasileira, a região foi palco de resistência e luta. Hoje, é considerado um patrimônio histórico do Brasil, sendo possível visitar as cavernas que abrigaram os guerrilheiros e conhecer mais sobre esse momento tão importante para o país.
Outro destaque da UC são os mais de 100 sítios arqueológicos presentes em seu território. Com cerca de 5.500 pinturas e gravuras rupestres, a UC se torna um verdadeiro santuário da biodiversidade e um importante local para a preservação do patrimônio cultural do Brasil.
Serra das Andorinhas – Gravuras rupestres
Ideflor-Bio
A Casa de Pedra é considerada o coração do parque. Lá, os registros arqueológicos podem ser vistos e explicados detalhadamente pelos guias turísticos. O lugar também é considerado um templo religioso, palco da festividade do divino espírito santo.
Na Ilha dos Martírios, um dos maiores sítios arqueológicos de arte rupestre a céu aberto do mundo espera os visitantes. Com mais de 3 mil gravuras rupestres documentadas, o local é não apenas uma beleza cênica, mas também um tesouro histórico.
Quando ir
As visitas nos pontos turísticos no Pesam são realizadas durante o ano inteiro, o período de chuvas vai de dezembro a abril e de estiagem de maio a novembro. No período de estiagem as praias surgem no rio Araguaia e no período de chuvas há maior queda d’água das cachoeiras. Para as visitas no Pesam, é necessário autorização junto ao Ideflor-bio e acompanhamento de condutores de trilha autorizados. As pesquisas no Pesam são necessárias autorizações junto ao Ideflor- bio.
Como chegar
O acesso ao Parque pode ser feito por via terrestre e aérea. Nesta última, a opção é saindo do aeroporto de Belém até a cidade de Marabá, o trajeto em linha aérea comercial dura em média 60 minutos. De Marabá, o visitante deve se deslocar até a rodoviária da cidade para embarcar em ônibus de linha intermunicipal para chegar até a cidade de São Geraldo do Araguaia (em torno de 2 horas a 160 km).
Outra opção é fazer o trajeto completo via terrestre partindo de Belém até Marabá (aproximadamente 700 km, cerca de 12hs de duração). Atualmente há empresas que realizam este transporte diariamente, com informações sobre horários e preços disponíveis em site próprio. Após a chegada em São Geraldo do Araguaia, pode-se acessar o Parque por terra em estrada não pavimentada, viajando aproximadamente 32 km até a divisa da Unidade.
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