UFSC na mídia: reportagem destaca a onipresença da poluição por plástico no litoral brasileiro

Garrafa plástica jogada na areia da praia do Pântano do Sul, em Florianópolis. Foto: Maurício Frighetto/DW Brasil.

O portal de notícias Deutsche Welle Brasil publicou no domingo, 10 de novembro, uma reportagem abordando a poluição por plásticos e microplásticos no litoral brasileiro, destacando a situação específica do Pântano do Sul. Recentemente, uma pesquisa divulgada pela ONG Sea Shepherd Brasil e pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) identificou que a praia localizada no extremo sul da ilha de Santa Catarina tinha a maior concentração de resíduos plásticos entre 306 praias analisadas. Com o título “Pântano do Sul expõe desafio para manter praias limpas“, o texto explica que, apesar de alguns veículos de comunicação terem rotulado a região como a “praia mais poluída do Brasil”, os dados coletados são insuficientes para se fazer tal afirmação.

Mais do que expor quais são as praias mais poluídas do país, este e outros estudos que abordam a presença de resíduos sólidos na areia e no mar têm nos mostrado que a poluição ambiental é um problema complexo, que precisa ser gerido em todos os níveis: local, regional e global. Uma das fontes ouvidas para a reportagem foi a professora de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Juliana Leonel. Segundo a pesquisadora, que também é coordenadora do Laboratório de Poluição e Geoquímica Marinha (LaPoGeo), “as notícias trataram a praia do Pântano do Sul de forma descontextualizada”. Segue um trecho do texto com a participação da professora:

“Ir na praia uma vez e fazer uma medida resulta em uma fotografia do momento. E o próprio relatório, em mais de um momento, faz essa ressalva”, alertou. De acordo com Leonel, muitas variáveis podem alterar os dados, como o tipo de praia, a estação do ano, a maré e o horário em que foi feita a coleta, além de eventos meteorológicos como uma ressaca ou a passagem de uma frente fria. […]

Em 2018, uma pesquisa de mestrado orientada pela professora Juliana Leonel identificou 64 microplásticos por m² na mesma praia. “Também foi um estudo pontual em que não tivemos a oportunidade de repetir a medição. Mas esses dados mostram que a concentração quase dobrou. Pode ser que esteja aumentando a quantidade de microplástico que chega ali ou pode ser uma diferença em relação aos vários parâmetros que citei”, refletiu.

Confira a reportagem na íntegra na página da Deutsche Welle Brasil.

 

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