PF deve enviar  ao STF inquérito com mais de 700 páginas sobre os atos de 8 de janeiro

A Polícia Federal (PF) deve concluir ainda nesta semana o inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro, quando centenas de pessoas invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

O documento, com mais de 700 páginas, será enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além dos eventos de janeiro, o relatório final também aborda conspirações descobertas durante as eleições presidenciais de 2022 e após a derrota de Jair Bolsonaro (PL).

Entre os investigados estão quatro militares de alta patente do Exército, presos na terça-feira (19).

Crimes investigados e indiciamentos previstos no inquérito

O relatório deve indiciar diversos envolvidos por crimes como a possível tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

A PF não planeja pedir a prisão antecipada dos alvos, mas ressalta que detenções podem ocorrer após julgamento.

Materiais apreendidos e novas investigações

Os materiais recolhidos durante uma operação que revelou planos para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes ainda passarão por perícia.

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A PF busca identificar ao menos mais quatro integrantes do grupo criminoso. Caso novos nomes sejam encontrados, um relatório adicional será enviado ao STF e anexado ao inquérito principal.

Próximos passos e sigilo do relatório

Após o envio do relatório final, caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se o sigilo será retirado, permitindo o acesso público aos documentos.

Em seguida, a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisará as conclusões da PF para decidir se apresentará denúncias criminais contra os indiciados.

 

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