Brasil na lista? Quais são os países mais seguros em caso de guerra nuclear?

Nos últimos tempos, falar sobre guerra nuclear se tornou comum entre muitas pessoas, especialmente durante a guerra envolvendo Rússia e a Ucrânia. O conflito, que ainda ocorrido, somando-se a outros ocorridos, trazem preocupações entre muitos. Sendo assim, quais são os países mais seguros em caso de guerra nuclear?

Soldado em local abandonado

Brasil na lista? Quais são os países mais seguros em caso de guerra nuclear? – Foto: Canva/ND

Diante de um conflito nuclear, torna-se difícil indicar locais verdadeiramente seguros. No entanto, segundo uma investigação na revista “Risk Analysis”, não há dúvidas e existem países seguros para estes acontecimentos. Saiba quais são abaixo!

Quais são os países mais seguros em caso de guerra nuclear?

Conforme a análise, a Austrália, Islândia e a Nova Zelândia são os países mais seguros em caso de guerra nuclear.

Estas nações que, segundo o estudo de Matt Boyd e Nick Wilson, teriam mais condições de produzir alimentos para as suas populações após uma “catástrofe repentina que reduza a luz solar”, como uma guerra nuclear, a erupção de um supervulcão ou uma devastadora chuva de asteroides.

Os investigadores salientam que nestes casos, grupos de pessoas em todo planeta provavelmente sobreviveriam, mesmo no cenário mais grave. Por isso, os sobreviventes conseguiriam o verdadeiro ponto de partida para a humanidade.

Prédios e cidade sendo atacados por bombas de fogo

O estudo comparou 38 países em 13 fatores que eles acreditam que poderiam influenciar o sucesso na sobrevivência pós-apocalíptica, incluindo a produção de alimentos; saiba quais são os países mais seguros em caso de guerra nuclear – Foto: Canva/ND

Motivos para os dois países se destacarem

Austrália e Nova Zelândia, dois dos maiores produtores agrícolas do mundo, despontam como os países mais seguros em caso de guerra nuclear, segundo especialistas. A combinação de capacidade de produção de alimentos e infraestrutura coloca essas nações no topo da lista global de resiliência em cenários extremos.

Austrália

A Austrália, com sua gigantesca capacidade agrícola, poderia alimentar dezenas de milhões além de sua população atual. O país conta com infraestrutura eficiente, excedente energético, segurança sanitária e um orçamento de defesa robusto — características que o transformariam em uma verdadeira “fortaleza” para a sobrevivência humana após um inverno nuclear.

No entanto, existe um ponto de vulnerabilidade: os laços militares estreitos com Reino Unido e Estados Unidos. Essa proximidade poderia colocar a Austrália entre os alvos em um cenário de guerra nuclear.

Nova Zelândia

A Nova Zelândia, por sua vez, apresenta vantagens específicas. O país mantém um histórico livre de armas nucleares, o que o torna menos suscetível a ataques. Além disso, sua resiliência climática permite que a produção agrícola resista a quedas drásticas de temperatura, comuns em um período prolongado de escuridão.

Mesmo em um cenário extremo de redução de 61% na produção agrícola durante um inverno nuclear, a Nova Zelândia ainda conseguiria alimentar toda a sua população. Isso se deve, em grande parte, às suas exportações atuais de alimentos e à eficiência no setor agrícola.

Contudo, a Nova Zelândia não estaria imune aos efeitos colaterais de um colapso do comércio global. A dependência de importações de energia, fertilizantes e maquinário poderia colocar o setor agrícola sob risco, levando a uma crise social gradual.

Outros países: riscos e vulnerabilidades

Os países mais seguros em caso de guerra nuclear: outras nações insulares também possuem potencial para produzir alimentos suficientes durante uma crise dessa magnitude, segundo especialistas – Foto: Canva/ND

Outras nações insulares também possuem potencial para produzir alimentos suficientes durante uma crise dessa magnitude, segundo especialistas. No entanto, o colapso industrial e a perda de coesão social representam ameaças significativas à sobrevivência dessas populações.

Países como China, Rússia e Estados Unidos enfrentariam quedas de até 97% na produção de alimentos sob um cenário de inverno nuclear. Nessas circunstâncias, essas potências dependeriam de tecnologias alternativas de produção alimentar, que atualmente estão em estágios iniciais de desenvolvimento ou ainda são experimentais.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.