Secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, explica o investimento recorde no programa Terra Boa 2025

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, anunciou oficialmente a nova edição do programa Terra Boa 2025, que contará com um investimento recorde de R$ 116,8 milhões. Esse valor representa um aumento de 19,5% em relação ao ano anterior, consolidando o programa como uma das principais ações de apoio à agricultura familiar no estado. A edição deste ano tem como meta beneficiar mais de 66 mil agricultores familiares, superando os 58.779 atendidos em 2024.

Em entrevista  ao Jornal da Guarujá, o secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, detalhou as novidades do programa. “O ano passado aplicamos R$ 97 milhões, e esse ano serão R$ 116 milhões. É um programa que vem desde 1980, e a gente sempre adaptando, atualizando. São recursos que estamos colocando à disposição dos nossos agricultores”, afirmou Colatto.

O programa de 2025 incluirá a disponibilização de 400 mil toneladas de calcário, essencial para a correção do solo em Santa Catarina. “São 400 mil toneladas de calcário, um insumo muito importante para corrigir o solo do nosso estado. Os agricultores podem buscar nas cooperativas, na própria indústria ou com representantes comerciais. O frete fica por conta do agricultor”, explicou o secretário. Ele também destacou que cada agricultor poderá adquirir até 30 toneladas de calcário, com a possibilidade de negociar o pagamento diretamente com as cooperativas na safra em troca de produtos. “Ele pode negociar com as cooperativas e pagar com produtos, como o milho comercial”, afirmou.

Além disso, o programa oferecerá 170 mil sacas de sementes de milho e kits de forrageiras, voltados principalmente para o abastecimento de gado leiteiro. “Temos 170 mil sacas de semente de milho que o agricultor pode pegar nas cooperativas, pagar depois na safra em milho comercial. Caso contrário, ele terá um subsídio sobre cada saca que adquirir”, detalhou Colatto.

O programa também incluirá a disponibilização de financiamento para abastecimento de água, com valores de até R$ 100 mil por agricultor e R$ 500 mil para comunidades, sem juros e com abatimento de 50% do valor. “Temos financiamento para água, até R$ 100 mil por agricultor e R$ 500 mil para comunidades. Não tem juros e ainda tem rebate de 50%. O agricultor pega R$ 10 mil e devolve R$ 5 mil”, completou o secretário.

“Todos esses programas, além do Terra Boa, têm o objetivo de atingir os pequenos agricultores. Queremos atingir 66 mil produtores. E todos que tiverem interesse podem buscar outros programas da Secretaria da Agricultura”, acrescentou.

Agronegócio catarinense

Durante a entrevista, Valdir Colatto também destacou a importância do agronegócio para a economia de Santa Catarina. “Hoje, 30% do PIB de Santa Catarina vem do agro e 30% dos empregos do estado estão na área agropecuária”, afirmou o secretário. Ele ainda ressaltou a relevância da agroindústria catarinense, que, no ano passado, exportou R$ 7,2 bilhões em produtos como suínos e aves.

Colatto destacou também a diversidade da economia do estado, que, com apenas 1% do território nacional, é o quinto maior produtor de alimentos do Brasil. “Nós somos o quinto produtor de alimentos do Brasil com apenas 1% do território. Temos 96% das propriedades sendo de pequenos agricultores, e esses pequenos agricultores fazem a diferença. Cada produtor alimenta de 5 a 7 catarinenses, além de exportar para 150 países”, disse.

Plano Safra 2024-2025

Por fim, Colatto comentou sobre as recentes incertezas geradas pelo governo federal em relação ao Plano Safra 2024-2025. A falta de recursos para o financiamento da agricultura gerou preocupação entre os produtores. “A retirada dos recursos prejudicou o setor de máquinas, a safra de milho e a produção de alimentos para o nosso rebanho. O governo federal precisa resolver essa situação rapidamente, embora o estrago já tenha sido feiro”, afirmou o secretário, expressando preocupação com a instabilidade no setor.

Confira entrevista completa

 

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