Equipe de transição aponta “má gestão e descaso” no governo Fabrício Oliveira (PL)

“O relatório revelou um cenário alarmante de má gestão e descaso, com a falta de infraestrutura e falhas na execução de políticas públicas durante a administração do atual prefeito, Fabrício Oliveira (PL)”, pontuou a equipe de transição do governo Juliana Pavan (PSD) em nota divulgada na quarta-feira, 18. As informações levantadas foram apresentadas em coletiva de imprensa e enviadas ao Ministério Público.

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Segundo o relatório, foram encontrados problemas que prejudicam a execução dos serviços públicos pelas secretarias do município, como Saúde, Educação, Planejamento, Segurança e Emasa.

A comissão de Saúde, coordenada por Jade Martins, encontrou as seguintes irregularidades:

  • Superlotação do Pronto-Socorro do Hospital Ruth Cardoso;
  • Falta de contratação de agentes de combate à dengue;
  • Graves deficiências estruturais das unidades de saúde;
  • Prontuários de pacientes encontrados em uma pilha enorme de pastas;
  • Unidades sem condições de funcionamento, como o laboratório, que apresenta infiltrações e equipamentos com defeito.

A situação da secretaria de Segurança foi apurada sob coordenação de Evaldo Hoffmann, futuro secretário da pasta. O levantamento revelou:

  • Falta de efetivo policial, com necessidade de contratação de novos agentes e mudanças de escalas;
  • Aumento do número de pessoas em situação de rua;
  • Precariedade das estruturas de apoio.

Já o futuro diretor da Empresa Municipal de Águas de Saneamento (Emasa), engenheiro civil Auri Pavoni, descreve que a cidade enfrenta “um problema histórico no abastecimento, agravado pela desativação das lagoas de tratamento de esgoto”. Segundo o governo Juliana Pavan, há a possibilidade de escassez de água.

Uma análise do futuro procurador Diego Montibeller identificou que a BC Investimentos fez aplicações de R$ 6 milhões, porém apenas o projeto do Morro do Careca teria tido sucesso. O texto também aponta prejuízos por falta de fiscalização e um déficit de R$ 500 milhões no BCPrevi, da previdência dos funcionários públicos, o que inviabiliza a continuidade do convênio com a Unimed.

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Na área da Educação, a próxima secretária Maria Ester Menegasso relatou que a gestão atual “falhou em fornecer condições mínimas de infraestrutura para as escolas, com goteiras e salas de aula deterioradas”. Ainda, a licitação para compra de uniformes escolares não foi concluída a tempo, o que pode atrasar as entregas em 2025.

Ao todo, foram encontradas 24 mil peças não distribuídas em um depósito da prefeitura. Os membros da equipe de transição também apontam uma defasagem do Ideb, índice que mede a qualidade da educação pública no Brasil, e a falta de um sistema eficiente para gestão escolar.

Segundo Carlos Humberto Silva, futuro secretário de Planejamento, a estrutura física da pasta está defasada e há atrasos nas aprovações de projetos, com a necessidade urgente de concluir o Plano Diretor.

“Na área de Turismo, a passarela da Barra e o Deck do Pontal Norte estão em estado de abandono, exigindo intervenções urgentes para evitar acidentes. A reurbanização de áreas essenciais também está paralisada, com atrasos que comprometem a liberação da praia para a temporada”, destaca a equipe de transição.

Juliana Pavan (PSD) reforça que o documento foi enviado ao Ministério Público de Santa Catarina e que “fará o possível para dar continuidade à prestação dos serviços públicos essenciais”.  


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