Acidentes aéreos matam 148 pessoas em 2024, maior número em uma década

Com a queda do aviao em Gramado no domingo, 22, o Brasil quebrou o recorde por mortes em acidentes aéreos desta década, com 148 óbitos registrados desde janeiro.

O acidente do fim de semana deixou 10 pessoas mortas, o segundo maior número deste ano, atrás apenas da tragédia da VoePass, com 62 mortos.

A aeronave, que decolou de Canela com destino a Jundiaí (SP), colidiu com a chaminé de um prédio e atingiu o segundo andar de uma residência antes de cair sobre uma loja de móveis.

O acidente também causou danos a uma pousada, cujos hóspedes foram afetados pela fumaça gerada pelo incêndio.

O incidente é o segundo mais grave do Brasil em 2024, ficando atrás apenas da tragédia com um avião da VoePass, em agosto.

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Este foi o 41º acidente aéreo com mortes no país neste ano, elevando o número total de óbitos para 148, um aumento de 92% em relação a 2023, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Investigação do acidente em Gramado

As causas do acidente em Gramado estão sendo investigadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Peritos utilizam equipamentos de scanner 3D para mapear os destroços e coletar dados que possam esclarecer o que levou à queda da aeronave.

O local, uma área central da cidade conhecida pelas celebrações de Natal, permanece isolado pelas autoridades.

 

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Valmor Gomes, perito responsável, explicou que o avanço das investigações depende da retirada de elementos estruturais da aeronave.

A estabilização da área é prioridade para garantir a segurança dos trabalhos.

Aumento nos acidentes aéreos em 2024

Este ano já registra o maior número de mortes em acidentes aéreos desde o início da série histórica do Cenipa, em 2014.

Até agora, são 148 óbitos, um aumento de 42% em relação ao segundo maior índice, de 2016, com 104 mortes.

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Os dados mostram um cenário preocupante, mesmo sem considerar as vítimas do acidente da VoePass, que sozinho responde por 62 mortes.

Dos 41 acidentes fatais em 2024, a maioria envolveu aviões de aviação privada (22 casos).

Outros sete foram em voos agrícolas e o restante ocorreu em operações de instrução, policial ou experimental.

O estado de São Paulo lidera o ranking de ocorrências fatais, com 11 casos, seguido por Mato Grosso (6), Pará (5) e Minas Gerais (5).

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Entre as causas mais comuns estão perda de controle em voo, com 13 casos, e falhas ou mau funcionamento do motor, responsáveis por sete acidentes.

Em 10 ocorrências, as causas ainda estão sendo investigadas.

Tragédias recentes reforçam alerta

Além do acidente em Gramado, o ano foi marcado por outras tragédias aéreas. Em agosto, a queda de um ATR-72 da VoePass em Vinhedo (SP) matou 62 pessoas, no maior desastre aéreo do país desde 2007.

Investigadores apontaram problemas no sistema de antigelo do avião como possível causa.

Santa Catarina também registrou um acidente fatal em Garuva, no Norte do estado. Um avião modelo Beech Aircraft caiu, matando o empresário Antônio Augusto Castro e o piloto Geraldo Claudio de Assis Lima.

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O empresário, que havia comprado a aeronave recentemente, estava viajando ao estado para vistoriar uma obra.

Histórico de acidentes

Desde o início do ano, o Brasil já registrou 23 acidentes fatais envolvendo aviões e helicópteros.

O primeiro ocorreu em janeiro, quando um helicóptero caiu no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), matando uma pessoa. No mesmo mês, outro acidente em Itapeva (MG) deixou sete mortos após um avião Piper PA-46 se desintegrar durante o voo.

O número crescente de acidentes aéreos e mortes acende um alerta para a segurança da aviação brasileira, principalmente em operações privadas e de pequeno porte, que lideram as estatísticas de fatalidades.

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