VÍDEO: anta sorri para câmera e encanta fotógrafo em MT


O animal foi resgatado pela Organização Ampara Silvestre e precisou de cuidados especiais após perder a mãe para as queimadas em 2020. Dunga se aproxima da câmera e exibe algo que lembra um sorriso
Uma anta, batizada de Dunga, resgatada ainda filhote durante os incêndios que atingiram o Pantanal em 2020, foi filmada abrindo um “sorrisão” para o fotógrafo e documentarista Lawrence Wahba, em Porto Jofre, em Poconé, a 104 km de Cuiabá (assista acima).
Na gravação, Dunga se aproxima da câmera e exibe algo que lembra um sorriso, o que gera alegria e ao fotógrafo e para quem assiste ao vídeo.
O animal foi resgatado pela Organização Ampara Silvestre e precisou de cuidados especiais após perder a mãe para as queimadas. Na época, ela contava com a atenção constante de uma equipe dedicada de veterinários.
Hoje, a anta segue saudável e é um exemplo de como o trabalho de resgate e reabilitação faz diferença. O vídeo reforça a conexão especial que os animais podem estabelecer com quem os cerca.
A espécie
A anta Pitanga, agora com dois anos, foi transportada para o novo recinto, onde irá viver, no Parque Sesc Baía das Pedras.
Divulgação/Sesc Pantanal
Conhecida como a jardineira da floresta, a anta derruba sementes por onde anda, ajudando no crescimento e desenvolvimento da diversidade de plantas.
De acordo com o Centro de pesquisa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a perda, fragmentação de habitat, atropelamentos e caça estão entre as principais causas para as ameaças sofridas pela espécie, caracterizada como vulnerável na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção.
Ainda conforme as informações do centro, a anta está contemplada no Plano de Ação Nacional dos Ungulados.
Queimadas no Pantanal
Foto mostra jacaré morto em uma área queimada do Pantanal em Poconé (MT), no dia 31 de agosto.
Amanda Perobelli/Reuters
Em 2020, as queimadas atingiram 4,5 milhões de hectares, em 21 municípios que compõem o Pantanal, conforme relatório técnico elaborado pelos setores de geoprocessamento dos Ministérios Públicos de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.
Segundo monitoramento feito pelo Inpe, 2020 foi o que teve mais registros de fogo no Pantanal desde o fim da década de 1990.
Já em 2024, o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ) já registrou mais de 517 mil hectares consumidos pelo fogo em todo Pantanal. A área queimada é quase quatro vezes o tamanho do território da cidade de São Paulo. O bioma tem 16 milhões de hectares.
Sem nem acabar o mês de junho, o Pantanal registrou o maior número de focos de incêndios para um mês de junho de toda a série histórica do Inpe, iniciada em 1998. Nos 19 primeiros dias deste mês, 2571 focos de incêndios foram registrados em todo o bioma, que no Brasil fica em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso.
A extensão destruída entre janeiro e maio superou em 39% o registrado no mesmo período de 2020, o pior ano da série histórica até então.
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