Turista vai de Palhoça a Florianópolis de barco e escancara duas verdades na Ilha de SC

A Coluna Bom Dia apurou a situação de um homem que, hospedado na Ponta do Papagaio e com voo marcado para a noite do dia 3 de janeiro, explorou os barcos de turismo disponibilizados na Praia da Pinheira para chegar à Ilha de Santa Catarina.

Turista saiu da Praia da Pinheira e conseguiu desembarcar no Sul da Ilha: perigo ou facilidade? – Foto: PMP/Divulgação

O aventureiro pagou R$ 50 para um barqueiro que o deixou no Sul da Ilha, em cerca de 40 minutos. A bordo de um ônibus de linha se deslocou até o Aeroporto Internacional de Florianópolis, onde embarcou em voo para Lisboa (POR).

A economia de tempo é quase imensurável. Segundo o Google Maps o deslocamento via terrestres tem uma distância de quase 60 quilômetros com duração uma hora – sem trânsito.

Veja o vídeo


Turista embarca na Praia da Pinheira com destino ao Sul da Ilha – Vídeo: Divulgação/ND

Em tempos de intenso tráfego, principalmente na BR-101 e Via Expressa (BR-282), o percurso não é feito em menos de 1h30min.

A Coluna Bom Dia entrou em contato com o barqueiro para tentar uma travessia no turno da manhã, mas foi informada que o custo, nesse caso, ficaria em R$ 270.

Dois pontos se escancaram: a fiscalização não existe e, por óbvio, é dificultada pela prerrogativa do turismo. Diante disso, é inviável “culpar” a prefeitura de Palhoça ou até mesmo a Capitania dos Portos.

Mas chama a atenção a facilidade com que essa situação foi e pode ser configurada.

Para além da legalidade ou outras questões mais burocráticas, é realmente tão difícil estruturar o transporte marítimo entre a Ilha e o Continente?

Enquanto a dúvida fica no ar, milhões de turistas, moradores, trabalhadores e motoristas padecem nas filas (também) pela Grande Florianópolis.

O que diz a Prefeitura de Palhoça

Confira a nota da prefeitura de Palhoça, na íntegra:

Nesta temporada, a Prefeitura de Palhoça lançou edital de pontos náuticos nas praias do município, para regular atividades como caiaque, stand up paddle, “babana boat”, windsurfe, kitesurfing, asa delta decolada, parasailing, bike náutica, pedalinho, meios flutuantes rígidos ou infláveis e passeio recreativo com motor.

Durante o passeio recreativo, os barcos podem atracar ou não em algum(ns) local(is) específico(s). Porém, não se trata de um serviço de translado de passageiros.

Desde o dia 21 de dezembro, as equipes do setor de Fiscalização de Obras e Postura estão todos os dias nas praias para verificação de alvarás.

Com relação às questões náuticas, a fiscalização cabe à Capitania dos Portos.

Situações envolvendo o serviço podem ser relatadas à ouvidoria da Prefeitura de Palhoça (disponível no site palhoca.atende.net; ou neste link direto: encurtador.com.br/yBdj8), que não recebeu nenhuma informação desta natureza até então.

O que diz a Capitania dos Portos

Em contato com a Capitania dos Portos, o pedido foi para “mais informações” e que qualquer coisa nesse e sentido precisa ser encaminhada a assessoria da instituição.

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