Pioneiro no Brasil, Censo Estadual de Santa Catarina vai mapear pessoas com autismo e garantir mais inclusão

Santa Catarina se destaca mais uma vez com uma iniciativa pioneira no Brasil: o primeiro Censo Estadual voltado para mapear pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O projeto é liderado pela ALESC, através da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Autismo, de autoria do deputado estadual Pepê Collaço, e executado pela Fundação Catarinense das Fundações Educacionais. A coleta de dados terá início no primeiro semestre deste ano e contará com a parceria de diversas entidades, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e a Associação de Amigos do Autista (AMA).

A Associação Catarinense das Fundações Educacionais (ACAFE), que representa 14 universidades comunitárias de Santa Catarina, terá papel fundamental na execução do projeto, com a criação de uma plataforma para o registro de informações. A presidente da ACAFE, reitora Luciane Ceretta, explica que o objetivo do Censo é registrar cada pessoa com autismo, coletando informações sobre sua classificação, dados sociodemográficos e necessidades, além de garantir que o diagnóstico seja comprovado. “Com esses dados, esperamos que a Assembleia Legislativa desenvolva projetos de lei que atendam às necessidades reais do estado e que os serviços públicos possam criar ações voltadas a essa população”, afirma Luciane.

A plataforma será uma ferramenta contínua, permanentemente alimentada, permitindo que o mapeamento seja constante e atualizado. “A ACAFE vai cuidar de todo o processo do Censo, desde a criação até a continuidade do monitoramento. O objetivo é garantir que a coleta de informações e as ações subsequentes sejam eficazes e tragam resultados concretos”, destaca a presidente.

Luciane Ceretta também enfatiza a importância do Censo para a educação. “A escola precisa entender como incluir a criança com autismo dentro da sala de aula e no processo de aprendizagem, promovendo o compartilhamento com outras crianças”, afirma. Além disso, ela ressalta a necessidade de capacitar professores, serviços de saúde e entidades como a AMA para apoiar a inclusão dessa população. “A família que já enfrenta essa realidade há mais tempo aprendeu a lidar com a situação, mas há muitos pais e familiares que ainda são impactados pelo diagnóstico e carecem de uma rede de apoio”, explica.

O impacto do Censo será profundo, não só na melhoria da qualidade de vida das pessoas com autismo, mas também na criação de uma sociedade mais inclusiva e consciente. “Esse mapeamento ajudará a construir um futuro em que as pessoas com autismo tenham mais oportunidades e apoio, e onde todos, incluindo a família, os profissionais e a comunidade, estejam preparados para oferecer uma sociedade mais inclusiva”, conclui Luciane Ceretta.

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