Bom de garfo e puro carisma: menino de três anos viraliza nas redes sociais por paladar peculiar


“Baby Theo” conquista seguidores comendo, com descontração, desde sopa de capelleti à frutas e legumes. Conta administrada pela mãe tem postagens com mais de 20 milhões de visualizações. Conheça Theo, menino que viralizou por gostar de comer de tudo
Uma criança carismática, falante e muito boa de garfo. Esse é o Theo, um menino de apenas três anos que se diverte descobrindo novos sabores e tem tudo registrado nas redes sociais. Conhecido como “baby Theo”, o menino desbrava os alimentos, dificilmente recusa alguma coisa e, segundo os pais, já é o terror dos rodízios.
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Com contas nas redes sociais, os vídeos publicados pela mãe, a dentista Josiane Marques, rapidamente viralizam. O gauchinho conquista o público ao aparecer comendo com gosto os pratos oferecidos pelos pais.
E, para fazer jus ao apelido de “falante e comilão”, o menino de três anos também não hesita em pronunciar as palavras mais inusitadas — de “massa” até “brustolada”.
Em uma das postagens, o pequeno aparece pedindo comidas do cardápio, que incluía macarrão (a comida favorita, segundo a mãe), a polenta brustolada, sopa de capelleti e até pão com beringela. O vídeo chegou a mais de 20 milhões de visualizações (confira abaixo).
Menino viraliza nas redes sociais com vídeo em rodízio
Em conversa com o g1, Josi conta que tudo aconteceu de forma orgânica. No início, os vídeos eram publicados apenas em uma conta fechada, com acesso para família e amigos. Mesmo assim, as postagens já faziam sucesso.
“Eu comecei a fazer uns vídeos dele, da introdução alimentar dele com frutinhas e tal, e toda vez que eu abria a página, algum vídeo dele dava um boom. Meu marido falou ‘não, então deixa aberto, tá tão fofinho, né?’ E aí a página acabou mudando”, conta a dentista.
Os vídeos começaram a ser publicados quando Théo tinha apenas dez meses. Josi explicou que começou fazendo vídeos sobre maternidade. Hoje, ela tenta mostrar para o filho como funcionam as redes sociais e trata tudo com muita atenção, além de respeitar a vontade dele.
“A gente fala pra ele desde pequeno. Explica tudo. Ele já passou por algumas fases que ele ficava um pouco assim, não queria muito conversa. Mas ele sempre entendeu. Ele gosta de ver os vídeos dele. Ele é uma criança que não vê tela, né? Mas os vídeos dele eu acabo mostrando um que outro até para ele entender”, diz.
A cirurgiã-dentista, que mora junto com o marido e o pequeno Théo em Porto Alegre, conta que a introdução alimentar do filho foi pensada em conjunto com uma nutricionista materno-infantil. Além disso, tudo é feito com muito cuidado e pensando sempre no bem-estar do menino.
“Oferecer os alimentos certos, a variedade certa, os alimentos separados, sabe? Então, teve uma construção toda”, relata.
Menino viraliza nas redes sociais com alimentação rica
Nutrição positiva
Caroline Abud Drumond Costa, professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, explica que essa é justamente a melhor forma de introduzir alimentos para crianças pequenas. Ela destaca que “conversar com a criança, falar os nomes dos alimentos ingeridos, é bem legal também. Podemos observar isso no menino Theo”.
A profissional explica que a introdução alimentar deve ser feita com paciência, respeitando o tempo da criança, além de começar por alimentos naturais, como frutas e legumes.
“Os bebês são extremamente curiosos, temos isso a nosso favor! Por isso a alimentação deve ser algo prazeroso, interessante para a criança e o foco daquele momento. Desde a primeiro alimento ofertado, preparar o ambiente é importante para a aceitação. Estamos ensinando algo novo a eles, não conhecem outro sabor e textura ainda”, explicou Caroline.
A professora ainda ressalta a importância de priorizar uma alimentação saudável para a criança, mas afirma que, como no caso do Theo, alimentos como polenta, massa, sopa e parecidos não vão fazer mal, se consumidos com cuidado.
“Na verdade, é como se fosse um pouco o mito nosso de chamar de pesados. Então, uma polentinha, por exemplo, é uma comida. Não é um alimento ultra processado. É recomendado que a criança consuma, a gente vai fazer ela em casa, com o mínimo de sal possível ou sem sal, se for bem no início da introdução. Não tem problema, não é um alimento pesado, né? A mesma coisa a berinjela. Pode ser que algumas pessoas tenham algum desconforto, mas isso é muito individual”, reforçou Caroline.
Mãe do “Baby Theo” em entrevista ao G1
G1
Introdução alimentar – algumas dicas
A professora Caroline elencou para o g1 algumas dicas de como fazer da melhor forma a introdução alimentar. Confira abaixo:
Não ter distrações (telas, brinquedos, falas que distraem a criança), idealmente bebê em uma cadeira com apoio dos pés e com boa segurança, família presente e se possível comendo junto de forma prazerosa os alimentos que são ofertados a criança.
O ambiente diz muito, bebês imitam ações familiares, portanto famílias que tem bons hábitos alimentares, tendem a ter crianças que aceitam bem maior número de alimentos.
Ofertar os alimentos de forma separada, NUNCA liquidificar ou amassar tudo junto! A criança precisa conhecer o real sabor de cada coisa e para isso elas precisar estar separadas. Pode ser amassados com garfinho ou ainda, em um corte maior, que a criança consiga pegar com as mãozinhas com segurança e supervisão. Desta forma ela consegue explorar bem todos os sentidos e isso atrai muito! Deixar a criança se se sujar mesmo neste momento é bem importante.
Preparar os alimentos de forma saborosa, utilizando de temperinhos naturais, formas de preparo e apresentação atrativas ajuda bastante na aceitação!
Insistir na oferta de alimentos se houver recusa. Pode ser normal em torno de 10 a 12 ofertas com recusa e depois um dia a criança aceitar. É importante respeitar a recusa alimentar, sem deixar o ambiente estressante e pesado. Este processo precisa ser leve e agradável.
Conversar com a criança, falar os nomes dos alimentos ingeridos.
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