MPSC alerta para golpes de falso aluguel de temporada no litoral catarinense

Com a alta demanda por imóveis no litoral de Santa Catarina durante a temporada, cresce também o golpe do falso aluguel e tentativas de fraude com anúncios fake.

Utilizando estratégias como preços atrativos, promessas de facilidades e negociação direta com o proprietário, criminosos criam armadilhas online que podem transformar o sonho das férias perfeitas em um pesadelo.

Essa prática ilícita, conhecida como golpe do falso aluguel, é cada vez mais comum. Estelionatários se aproveitam da alta procura por locações para elaborar anúncios falsos em sites e redes sociais.

As fraudes geralmente incluem fotos e informações de imóveis reais, retiradas de anúncios legítimos ou bancos de imagens, além de contratos e documentos falsificados.

O objetivo é enganar as vítimas e obter pagamentos antecipados sob diversos pretextos, como caução ou garantia de reserva.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) tem atuado para combater essas práticas.

Em 2024, por meio da operação “Anúncio Fake”, realizada pelo CyberGAECO em parceria com a Polícia Civil, foi desarticulada uma quadrilha do Rio Grande do Sul que aplicava golpes de falso aluguel em diversas cidades catarinenses.

Os golpes também aconteceram em Timbó e deixarram diversas vítimas na cidade.

Apesar disso, as fraudes continuam sendo um risco e exigem atenção redobrada.

Como funciona o golpe do falso aluguel?

Os criminosos se passam por proprietários ou corretores de imóveis e criam anúncios fraudulentos utilizando imagens de propriedades reais.

Esses anúncios oferecem vantagens como preços abaixo do mercado, ausência de burocracia e negociação direta, o que atrai as vítimas.

Após ganhar a confiança dos interessados, os golpistas exigem pagamentos antecipados, alegando que há outros interessados ou que a reserva precisa ser garantida com um depósito.

A comunicação, geralmente feita por WhatsApp ou redes sociais, evita o contato direto, e os golpistas fogem das plataformas onde o anúncio foi publicado para dificultar o rastreamento.

Em alguns casos, o imóvel sequer existe, ou as fotos utilizadas são de propriedades já alugadas ou vendidas.

“É compreensível que as pessoas busquem a melhor oferta possível antes de contratar um aluguel, afinal não se trata de um serviço barato, especialmente na alta temporada de verão. 

No entanto, é preciso desconfiar das ofertas muito atrativas, que fogem do padrão de mercado, e ter muito cuidado com a procedência dos anúncios na internet”, alerta o promotor de Justiça Leonardo Cazonatti Marcinko, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MPSC.

Golpes também ocorrem em locações residenciais de longa duração

Embora sejam mais frequentes em locações de temporada, os golpes também atingem pessoas que procuram imóveis para residências de longa duração.

O modus operandi é semelhante: um anúncio online fraudulento direciona a vítima para negociar diretamente com um suposto proprietário ou corretor.

Eles utilizam estratégias elaboradas, como fotos falsas, documentos forjados e contratos detalhados, para convencer os interessados.

Nesses casos, é comum que os golpistas não sejam credenciados pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), e a negociação ocorra exclusivamente por meios digitais, dificultando a verificação da autenticidade.

Dicas do MPSC para evitar golpes em aluguéis

O MPSC, por meio da campanha “Não clica que é golpe”, desenvolveu orientações para ajudar consumidores a se protegerem de fraudes ao alugar imóveis. Confira as principais dicas:

  • Verifique a procedência do anúncio: Prefira portais confiáveis e desconfie de preços muito abaixo do mercado. Pesquise avaliações de outros usuários sobre a plataforma utilizada.
  • Confirme a existência do imóvel: Sempre que possível, visite o imóvel antes de fechar negócio. Caso isso não seja viável, peça uma videochamada para verificar a propriedade e use ferramentas como Google Maps e Google Imagens para confirmar a localização e a autenticidade das fotos.
  • Pesquise sobre o proprietário ou corretor: Certifique-se de que o corretor é credenciado pelo CRECI. Investigue o histórico do anunciante em redes sociais e sites de busca.
  • Evite pagamentos antecipados: Não transfira valores antes de verificar a autenticidade do anúncio e de assinar um contrato formal.
  • Utilize plataformas de pagamento seguras: Dê preferência a meios que ofereçam proteção ao usuário, evitando transferências bancárias diretas.
  • Solicite um contrato de locação: Para locações de longa duração, exija um contrato detalhado, especificando valores, prazos e condições.
  • Guarde registros e comprovantes: Mantenha todos os e-mails, mensagens e documentos trocados durante a negociação.
  • Denuncie suspeitas de golpe: Registre um boletim de ocorrência e informe a plataforma onde o anúncio foi publicado.

Campanha “Não clica que é golpe”

Criada em 2024, a campanha “Não clica que é golpe” foi desenvolvida pelo Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MPSC para conscientizar a população sobre condutas criminosas no ambiente virtual.

A iniciativa faz parte do Plano Geral de Atuação (PGA) do MPSC, que define as prioridades institucionais a cada biênio, incluindo o combate a crimes cibernéticos.

Além de orientar os consumidores, a campanha busca reforçar a segurança digital e promover boas práticas na internet.

O site oficial da campanha oferece dicas detalhadas sobre como evitar golpes, desde fraudes em locações até falsas promessas em compras e serviços.

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