O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou seu segundo mandato falando sobre uma série de medidas que marcam um retorno a políticas de endurecimento no combate à imigração ilegal, aumento da presença militar e reformas econômicas.
Tomando posse nesta segunda-feira, 20, no Capitólio, Trump não economizou em promessas que incluem ações de emergência na fronteira, taxação de importações e apoio à indústria do petróleo e gás.
Em seu discurso, Trump detalhou ações voltadas ao controle da imigração, incluindo uma decretada emergência na fronteira sul do país, com o uso de leis antigas para combater a entrada de imigrantes ilegais.
Além disso, o republicano anunciou que pretende classificar cartéis de tráfico de drogas como organizações terroristas estrangeiras.
“Vamos impedir todas as entradas ilegais e devolver milhões de imigrantes criminosos aos seus países de origem”, afirmou Trump.
No campo econômico, o presidente também anunciou uma série de reformas com o objetivo de reduzir custos internos e impulsionar a indústria americana.
Uma de suas promessas é o fortalecimento da produção de energia, com a intenção de tornar os Estados Unidos uma potência no setor de petróleo e gás novamente.
Trump também ressaltou sua estratégia de taxação de produtos estrangeiros para proteger a economia dos EUA, argumentando que as tarifas sobre importações poderão beneficiar os cidadãos americanos.
Primeiras ações: decreto de emergência e políticas energéticas
No primeiro dia de governo, Trump disse que vai assinar um decreto de emergência para aumentar o controle nas fronteiras, incluindo o envio de tropas para impedir o fluxo de imigrantes ilegais.
A medida visa também reverter a política de “captura e liberação” de imigrantes, implementando uma política mais rigorosa.
Outro ponto importante do discurso foi a promessa de fortalecer a indústria energética americana.
Trump garantiu que o país terá novamente as maiores reservas de petróleo do mundo e prometeu aumentar a produção para reduzir preços e exportar energia. Ele afirmou:
“A América vai voltar a ser uma potência energética. Vamos preencher nossas reservas e exportar ao mundo todo.”
Gêneros, carros e imigração: Trump reforça uma visão conservadora
Trump também abordou a política de gênero, reafirmando que o governo americano seguirá com a definição binária de gênero, limitando-a a “masculino e feminino”.
Além disso, prometeu que a indústria automobilística dos Estados Unidos será reforçada, com a proposta de permitir a compra de carros convencionais, sem a pressão por veículos elétricos.
Na área da imigração, a promessa é de um controle mais rígido e a revogação de leis que Trump considera prejudiciais ao país, como a que permite que imigrantes ilegais possam viver nos EUA enquanto aguardam o processo de asilo.
Taxação de importações e fim da lei ambiental
Outro ponto do discurso de Trump foi a proposta de aumentar as tarifas sobre produtos importados de outros países, uma ação que visa proteger a indústria nacional.
O presidente afirmou que o país adotará um sistema de impostos externos para tributar serviços e produtos estrangeiros.
“Vamos tributar os países estrangeiros para enriquecer nossos cidadãos”, disse Trump.
Além disso, ele anunciou a intenção de revogar a “lei ambiental”, uma das bandeiras conservadoras de sua campanha, visando fortalecer a indústria e minimizar as exigências sobre proteção ambiental.
Retorno militar e resistência a novos conflitos
Trump também reforçou sua promessa de aumentar o poder militar dos Estados Unidos, mas com uma nova abordagem em relação às guerras.
Ao lembrar da libertação de reféns do Hamas, o presidente deixou claro que sua prioridade será evitar novos conflitos e “encerrar” aqueles em que os EUA estão envolvidos.
“Vamos medir nosso sucesso não apenas pelas batalhas que vencemos, mas pelas guerras que evitamos”, declarou.
Ainda sobre a política externa, Trump surpreendeu ao falar sobre o Golfo do México, sugerindo até a possibilidade de tomar o Canal do Panamá em razão de taxas elevadas cobradas para o trânsito de produtos americanos, além da crescente presença chinesa na região.
Um discurso centrado na unidade e no nacionalismo
Ao encerrar seu discurso, Trump enfatizou a unidade nacional como um dos objetivos principais de seu governo.
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Ele disse que a confiança no país nunca esteve tão alta e que sua gestão será voltada para a prosperidade dos cidadãos americanos.
O presidente também afirmou que, com coragem e vigor, os Estados Unidos voltarão a ser a principalnação do mundo, com maior desenvolvimento econômico e maior poderio militar.
Trump se comprometeu a trabalhar para garantir “o sucesso, vitórias e o retorno do país a sua grandeza”. E, com um claro tom de nacionalismo, afirmou que chegou a hora de os Estados Unidos “agir com coragem, vigor e civilidade”.
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