“Nós temos um número assustador de atestados médicos”, diz secretário sobre servidores

Após polêmica de atestados médicos envolvendo servidores públicos em Camboriú, essa conta chegou em Balneário Camboriú. Somente em 2024, foram mais de 17 mil atestados médicos para funcionários municipais. Esse número é superior a mil atestados por mês.

Os dados foram divulgados pelo secretário de Gestão de Pessoas, Ary Souza, em entrevista à Rádio Menina, nesta quinta-feira, 6. Segundo ele, foram tomadas algumas decisões para entender o motivo do grande número de atestados. 

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“Nós temos um número assustador na totalidade desses atestados, porque cada dia de atestado é uma frente de trabalho que não tem o servidor para prestar atividade laboral. No montante, foram 102.615 mil dias que nós não tivemos uma frente de trabalho ocupada pelo servidor”, explicou Souza.

O secretário destaca que existe uma preocupação com a saúde do servidor, mas também com a comunidade, que muitas vezes vai até o local precisando de algum atendimento e é prejudicado porque o servidor está de atestado. 

A totalidade desses atestados gerou um desembolso ao município de R$19.870.000 milhões com o pagamento desses atestados médicos, somente em 2024. Esse valor é desconsiderando o pagamento do servidor que teve que fazer a substituição durante o atestado do colega. 

Um exemplo dado pelo secretário foi quanto aos professores. “Tenho um professor com um atestado médico de um dia, esse nós conseguimos administrar, agora quando ele passa de 15 dias ou se encaminha para 30 dias, nós temos a necessidade urgente de contratar um professor, sob pena de gerar um prejuízo para os alunos”, pontuou. Com essas contratações, Ary Souza ressalta que o município acaba pagando o dobro do valor.

O que será feito?

Segundo ele, a partir de março os servidores que receberem atestados de até dois dias, serão chamados pela junta médica do município para avaliação do profissional do município. Anteriormente, esse servidor que recebeu o atestado, só passava pela avaliação da junta médica, quando recebia atestado de 15 dias ou superior.

“Nós montamos uma operação, um mutirão e vamos chamar em torno de 1300 servidores em atestado por mês, e a partir de dois dias de atestado serão submetidos a avaliação da junta médica, excluindo casos de internação, gravidez, e parto”, afirmou. 

Ele ressaltou que também foi criado um perfil para esses servidores, com o objetivo de saber o estado físico e mental desse profissional, pois o município tem o interesse em acompanhar a saúde e recuperação desse servidor.

Por fim, o secretário concluiu que esse acompanhamento impacta diretamente o Funservir, pois a redução no adoecimento dos servidores resultará em menos afastamentos e atestados, o que tende a diminuir os gastos do município, com o Funservir arcando com custos menores no tratamento médico.

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