Coren-PA diz que abriu processo para apurar mulher investigada por prática de aborto ilegal no Marajó


Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA) diz que caso comprovado a participação sanções serão aplicadas, como a cassação do direito ao exercício profissional. Técnica de enfermagem do hospital municipal de Salvaterra é alvo de investigação por prática de aborto ilegal.
Ascom/PCPA
O Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA) informou nesta terça-feira (18) que caso comprovado a participação de uma técnica de enfermagem em práticas de abortos no Marajó sanções serão aplicadas, como a cassação do registro profissional.
No último domingo (16), uma técnica de enfermagem de 77 anos foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela prática de abortos clandestinos em Salvaterra, no Marajó.
O Coren-PA disse que após tomar conhecimento da situação “instaurou um processo administrativo para apurar os fatos e irá, primeiramente, verificar se a pessoa envolvida é, de fato, integrante da categoria”.
Segundo o Conselho, se a idosa estiver vinculada ao quadro de técnicos de enfermagem, o “caso será conduzido conforme as diretrizes do código de ética do Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa”.
O Coren afirmou que poderão ser aplicadas as sanções previstas no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, o que inclui a cassação do direito ao exercício profissional.
Operação da polícia
Segundo a Polícia Civil, a técnica de enfermagem realizava o crime na sua própria residência. A grávida que procurou a mulher e se submeteu ao procedimento ilegal também será indiciada.
Na casa da investigada, foram apreendidos os aparelhos celulares e diversos materiais médicos e hospitalares, usados no procedimento do aborto ilegal, como sondas foley em látex siliconizado, grampo umbilical, pomadas e ampolas de medicamentos.
Suspeita confessou o crime
A suspeita, que não teve a identidade revelada, foi afastada e proibida de se aproximar do Hospital Municipal de Salvaterra e não pode manter contato com as testemunhas.
A delegada responsável pelo caso, Carolina Bariane, disse que a suspeita confessou a prática dos crimes.
“Nós recebemos uma denúncia da direção do hospital municipal e, de imediato, adotamos todas as providências investigativas necessárias. Conseguimos, também, reunir elementos que reforçam a materialidade e autoria dos crimes”, explicou a delegada.
Os indiciamentos, por parte da Polícia Civil, serão realizados assim que a investigação for concluída. Já os materiais apreendidos serão enviados para perícia oficial.
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