Morador de MT suspeito de matar cliente após dívida em prostíbulo de Portugal é condenado a 12 anos de prisão


Caso ocorreu em janeiro de 2007, após um desentendimento por causa de uma dívida de €25 (vinte e cinco euros) na casa de prostituição. Sede da Justiça Federal em Mato Grosso
JF-MT
O réu Sandro Rogério da Silva foi condenado pelo Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (20), a 12 anos de prisão pelo assassinato do português Luís Filipe Carecho Nunes e por tentar matar o ucraniano Roman Adazhiy, na cidade de Entroncamento, distrito de Santarém, em Portugal, em janeiro de 2007.
Após o crime, Sandro fugiu e passou a morar em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. Em 2020, ele foi preso em São Paulo, depois de permanecer 13 anos foragido no Brasil, mas foi solto após quatro meses.
Durante o julgamento, ele confessou ter sido o autor dos tiros, mas disse que a intenção não era atingir Luís Felipe, mas sim Ramon. O réu alegou que agiu em legítima defesa, relatando que Ramon desferiu socos e chutes contra ele.
A decisão destacou que o acusado não tinha antecedentes criminais, mas negou a ele o direito de recorrer em liberdade.
Relembre o caso
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Sandro, na época com 42 anos, trabalhava em um prostíbulo de Portugal, onde a esposa dele era dona. Conforme a denúncia, as vítimas Luís Filipe e Roman se desentenderam com Sandro na madrugada de 28 de janeiro de 2007, por causa de uma dívida de €25 (vinte e cinco euros) na casa de prostituição.
Sandro teria perseguido o veículo dos dois clientes e disparado contra eles. Um dos tiros atingiu Luís Filipe na cabeça. Já Roman conseguiu fugir.
Luís foi socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu no dia 2 de fevereiro do mesmo ano.
Após o crime, segundo o MPF, Sandro teria fugido para a Espanha, e depois para o Brasil, na companhia da mulher e da filha. Depois, passou a morar em Mato Grosso.
A prisão preventiva de Sandro foi pedida pelo MPF e decretada em 27 de novembro de 2019, pelo juiz federal Francisco Antônio de Moura Junior, destacando o fato do acusado ter fugido do país.
Como a Constituição Federal não autoriza a extradição de brasileiros natos, Portugal transferiu o processo para o Brasil. O processo foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e depois para Mato Grosso, onde Sandro mora.
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