Estudo revela que medicamentos e substâncias ilícitas contaminaram lagoa em Florianópolis

A lagoa da Conceição, localizada em Florianópolis, apresenta altos níveis de contaminação por medicamentos e substâncias ilícitas, conforme um estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A pesquisa identificou 35 contaminantes emergentes nas amostras coletadas, destacando a presença da benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, que foi detectado em 63% das amostras analisadas. Essa concentração é considerada uma das mais elevadas globalmente. Os resultados do estudo que foi publicado na revista Science of the Total Environment, apontam que quatro classes de medicamentos estão ligadas a riscos ambientais significativos, podendo afetar a vida aquática e a saúde humana, especialmente através do consumo de peixes contaminados.

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A origem dessa contaminação está relacionada ao uso de substâncias pela população, uma vez que muitos compostos não são eliminados adequadamente pelos sistemas de tratamento de esgoto. Em resposta a esses achados, a Prefeitura de Florianópolis se comprometeu a avaliar os dados da pesquisa e a implementar medidas necessárias. Além disso, a Assembleia Legislativa do estado programou uma audiência pública para discutir a questão em março, como parte de um esforço mais amplo para abordar a recuperação ambiental da lagoa, que já enfrentou problemas de poluição por esgoto em 2021.

Paralelamente, um estudo adicional está sendo conduzido para investigar a interação entre microbactérias e os contaminantes presentes na lagoa, o que pode levar ao surgimento de superbactérias. Em um esforço para mitigar a contaminação, um projeto experimental conhecido como sistema Reacqua tem demonstrado resultados promissores na remoção de poluentes da água, contribuindo para a recuperação da qualidade ambiental da lagoa.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias

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