MP acrescenta dois novos crimes ao caso de filho e cunhado acusados de matar casal em Itajaí

Mais duas acusações foram adicionadas contra os suspeitos de matar um casal em Itajaí. O crime é tratado como homicídio e feminicídio, e os acusados são o filho da vítima e o cunhado. O Ministério Público de Santa Catarina adicionou ao julgamento os crimes de furto e fraude processual.

Segundo o MP, a investigação apurou que, após os homicídios, os acusados teriam furtado os celulares e as alianças das vítimas e modificado a cena do crime para tentar simular um assalto. O aditamento à denúncia foi feito por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí.

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Ainda de acordo com a investigação, a motivação do crime estaria relacionada à cobiça de um dos suspeitos, que desejava obter a herança da mãe e do padrasto. Para isso, ele teria contado com a ajuda do cunhado, para quem prometeu uma recompensa financeira.

Como tudo aconteceu?

O inquérito revelou que os dois homens teriam aguardado escondidos na residência até o retorno das vítimas, por volta da 1h da madrugada de 23 de novembro. Ao entrarem no imóvel, o casal teria sido atacado de surpresa, sem possibilidade de defesa. 

Os laudos periciais apontam que as mortes foram causadas por asfixia, com o bloqueio das vias respiratórias das vítimas. O crime teria sido premeditado e cometido de forma cruel. Após o duplo homicídio, os suspeitos então teriam furtado objetos pessoais das vítimas e alterado a cena do crime para simular um assalto.

Crime também é tratado como feminicídio

O MP destaca que um dos crimes configura feminicídio, pois a vítima foi morta em um contexto de violência doméstica e familiar, fator que agrava a pena dos acusados. A relação seria entre mãe e filho.

Ação do Ministério Público

Além de adicionar os crimes à denúncia original, o MP solicitou que os acusados fossem levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. Foi feito também o pedido de indenização mínima de R$ 100 mil aos familiares das vítimas.

O caso segue em tramitação na 2ª Vara Criminal de Itajaí, que recebeu a denúncia do MPSC e agendou a audiência de instrução e julgamento para o mês de março.

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