População “nem-nem”: Apenas 10,6% dos jovens de SC estão sem estudar ou trabalhar, menor índice do país

Santa Catarina tem o menor percentual de população “nem-nem”, os jovens entre 14 e 24 anos que não estudam nem trabalham no Brasil.

O índice é de 10,6%, abaixo da média nacional de 17,3%, segundo dados inéditos da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

O resultado reforça a inclusão dos jovens catarinenses no mercado de trabalho e no sistema educacional.

O estudo da Seplan analisou detalhadamente os microdados do IBGE, permitindo um panorama mais preciso da realidade dos chamados “nem-nem” — jovens que não estão matriculados em instituições de ensino nem exercem qualquer atividade profissional.

População “nem-nem”: Apenas 10,6% dos jovens de SC estão sem estudar ou trabalhar, menor índice do país

O termo vem da sigla NEET (Not in Education, Employment, or Training), que significa “não estuda, não trabalha e não está em formação”.

Embora Santa Catarina tenha a menor taxa do país, o percentual de jovens sem ocupação cresceu ligeiramente nos últimos dois anos, passando de 10,2% no quarto trimestre de 2022 para 10,6% no quarto trimestre de 2024.

Ainda assim, o estado segue à frente do Distrito Federal (10,7%) e do Rio Grande do Sul (11,6%), que aparecem logo em seguida no ranking nacional.

Perfil dos jovens “nem-nem” em SC

A pesquisa identificou que 63,5% dos jovens catarinenses nessa condição são mulheres, tendência que se repete em outros estados e no cenário internacional.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), dois em cada três jovens sem estudo e sem emprego no mundo são do sexo feminino.

A análise demográfica também revelou que 65,3% da população jovem “nem-nem” em Santa Catarina se identifica como branca, 33,8% como preta ou parda e 0,88% como indígena.

População “nem-nem”: Apenas 10,6% dos jovens de SC estão sem estudar ou trabalhar, menor índice do país
Crédito: Seplan

Esses números refletem a distribuição da população jovem no estado.

Apesar do crescimento recente na taxa de jovens fora da escola e do mercado, a taxa de desocupação entre os catarinenses de 18 a 24 anos é uma das menores do Brasil, ficando em 5,4%. Apenas Mato Grosso (4,7%) e Paraná (5,3%) registraram índices menores.

Educação e políticas públicas impulsionam bons resultados

O Secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy, atribui os números positivos de Santa Catarina às políticas públicas voltadas à educação e à inclusão produtiva da juventude.

Ele destaca que o estado tem investido na qualificação técnica e profissional para ampliar as oportunidades no mercado de trabalho.

“A média catarinense de jovens desocupados é de 5,4%, o que representa uma redução de 58% em relação à média nacional de 12,9%”, explica Usuy. 

Segundo ele, o governo busca fortalecer a formação dos jovens e mitigar barreiras sociais e econômicas que dificultam o acesso ao emprego.

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A Diretoria de Políticas Públicas da Seplan segue monitorando esses indicadores para auxiliar na formulação de novas estratégias.

Os boletins e estudos detalhados podem ser acessados no site oficial da Secretaria de Planejamento do Estado.

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