Cresce número de homens com HIV no Amapá, segundo secretaria de saúde do estado


Números foram divulgados nesta quinta-feira (6) e fazem um comparativo entre 2023 e 2024. Ao todo, 45 novos pacientes foram identificados pelo SAE.  Número de pessoas com HIV aumentou no Amapá
Gea/Divulgação
Dados divulgados nesta quinta-feira (6) pela Secretaria de Estado da Saúde do Amapá (Sesa) apontam 45 novos casos de imunodeficiência humana (HIV) em homens. Os números são um comparativo entre os anos de 2023 e 2024. Os pacientes são acompanhados pelo Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA).
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De acordo com a Sesa, o número de pessoas contaminadas com o vírus passou de 234 para 279, respectivamente. Com isso, há o registro de 5.150 pessoas que convivem com o vírus HIV e estão em tratamento na rede pública. 
A análise da Sesa destaca ainda que a principal forma de contágio é pela relação sexual desprotegida. Por isso, o SAE reforça a testagem e os métodos de prevenção para desacelerar o contágio. 
“Estamos atentos e preocupados com esse crescimento de 45 novos pacientes nos dois últimos anos. É necessário que a população se conscientize da importância da prevenção. Precisamos quebrar essa cadeia de transmissão com métodos preventivos que estão disponíveis gratuitamente na assistência especializada, além dos testes rápidos, que são seguros e sigilosos”, alerta Leonardo Nunes, diretor do SAE.
Fique de olho 
O vírus também pode ser adquirido com uso de seringa por mais de uma pessoa; da mãe infectada para o filho durante a gravidez, no parto e na amamentação ou por instrumentos que furam ou cortam não esterilizados. 
Agora saiba a diferença entre a PEP e a PrEP (métodos de tratamento) :
Profilaxia Pós-Exposição (PEP): é indicada nos casos de sexo consentido sem proteção, violência sexual e acidentes com materiais biológicos potencialmente contaminados. Ela consiste numa medicação por via oral, que deve ser utilizada até 72 horas depois de uma relação sexual considerada de risco. É preciso tomar o remédio por 28 dias, o que diminui drasticamente o risco de infecção por HIV. Quanto mais rápido iniciar o tratamento, menor a chance de contaminação. 
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP): é aconselhada para pessoas que não estão infectadas, mas estão expostas a situações de risco, com múltiplos parceiros e relações frequentemente desprotegidas. É uma medicação utilizada diariamente e impede a infecção pelo HIV. Sua eficácia é superior a 90% se tomada corretamente. Porém, não protege de outras doenças sexualmente transmissíveis, a camisinha continua sendo o método mais seguro de prevenção. 
Sobre o tratamento no SAE 
Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA)
Gea/Divulgação
No SAE, os pacientes recebem atendimento, com exames e consultas com uma equipe multiprofissional e medicamentos antirretrovirais. Segundo o Centro, na consulta médica é repassada a prescrição do esquema terapêutico adequado para cada caso, seguindo os Protocolos Clínicos e Diretrizes 
O tratamento é o mesmo para homens e mulheres e é feito com três antirretrovirais:
Tenofovir; 
Lamivudina; 
Dolutegravir. 
Apesar de o HIV não ter cura, com a continuidade do tratamento o paciente consegue ter qualidade de vida. Por isso, é importante seguir a terapia e as testagens. Como pontua o diretor do SAE. 
“Os testes rápidos precisam se tornar rotina, as pessoas precisam se testar, temos esse serviço todas as quintas e sextas com uma equipe de multiprofissionais que acolhe essa pessoa, para orientar nos casos soropositivos”, reforça o diretor. 
Além de tratar o vírus do HIV, o serviço especializado também oferece tratamento para pessoas que convivem com a sífilis e hepatites B e C. Os atendimentos ocorrem de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h, na Rua Jovino Dinoá, 1251, bairro Central.
No SAE há médicos infectologistas e ginecologistas, além do serviço de nutrição, assistência social, psicólogo, consultas de enfermagem e farmácia.
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