Emasa lança licitação para novo tratamento preliminar de esgoto; obra é orçada em R$ 35 milhões

Nesta segunda-feira, 10, a Emasa (Empresa Municipal de Água e Saneamento) lançou uma licitação para um novo tratamento preliminar de esgoto em Balneário Camboriú. De acordo com o diretor-técnico da autarquia, Jefferson de Queiroz Andrade, o projeto havia ficado paralisado e agora foi analisado pela equipe técnica e teve alguns itens adequados.

Segundo a Emasa, o resultado do processo deve ser homologado na quarta-feira, 12. A obra é orçada em R$ 35 milhões e deve ser executada em um prazo de sete meses. De acordo com o diretor-técnico, a previsão é que os trabalhos iniciem no mês de abril e até o final do ano, na temporada de verão, o novo tratamento já esteja em funcionamento. 


Aumento de capacidade de tratamento

Andrade explica que o novo tratamento deve melhorar o gradeamento, que é a primeira etapa do tratamento de esgoto, onde os sólidos do efluente são retidos. “Nós vamos ter condições de receber um fluxo maior do efluente, e fazer essa separação através do gradeamento. É um aumento de capacidade, um gradeamento mais moderno”, detalha o diretor-técnico.

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Nesta primeira fase do tratamento é importante para que sejam retirados materiais potencialmente danosos às bombas da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Após a retirada dos resíduos sólidos, o líquido passa por um equipamento chamado calha Parshall, usado para medir a vazão de líquidos.

“É importante fazer toda essa remoção de sólido no tratamento preliminar para ele entrar cada vez melhor o efluente dentro da lagoa para aeração. Nós vamos conseguir melhorar nossa eficiência, nós vamos fazer uma separação mais detalhada, uma separação mais rápida”, afirma Andrade.


Resíduos sólidos comprometem tratamento

Entre os resíduos sólidos retidos no tratamento preliminar estão lixo em geral, papeis, plásticos, restos de alimentos, fraldas e até cabelo. O diretor-técnico da Emasa ressalta que o processo de retirada destes materiais compromete a eficiência da ETE, já que prejudica os equipamentos utilizados.   

“A gente tem uma concentração muito grande de produtos como fralda, como preservativos, absorventes, cabelo. É jogado, às vezes, dentro de um vaso sanitário e é colocado na nossa rede. Isso obstrui redes, chega no nosso tratamento preliminar, no nosso gradeamento, tem que ser feito quase manualmente para retirar”, diz.

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Segundo ele, a Emasa está investindo em um programa de educação ambiental junto às escolas e à comunidade, para conscientização em relação ao descarte correto destes materiais.

“Uma colocação que eu sempre faço quando eu converso a respeito disso é o trabalho de conscientização do cidadão também. A gente tem um problema muito sério, às vezes, de obstrução de queda no nosso parâmetro de tratamento por conta da educação ambiental que não existe da maneira que a gente queria. Nós temos uma gerência ambiental muito atuante, nós vamos investir bastante nessa questão”, adianta o diretor-técnico. 


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