Muita tensão, cobranças dos detentos e longas negociações – esse é apenas um pequeno resumo da rebelião registrada na sexta-feira, 14, no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, a popular Canhanduba. Após 8 horas de diálogo, os policiais conseguiram a liberação do agente penitenciário de controle, que era mantido refém.
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Por volta das 13h, um grupo de cinco apenados do bloco C, na ala masculina do presídio, rendeu o agente de controle e o levou para o interior da cela. Logo em seguida, a Polícia Militar foi acionada para dar apoio à Polícia Penal, com a equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) assumindo as negociações.
Duas ações foram apontadas como causa da rebelião. Em um primeiro momento, o advogado Luís Veiga, representante da Comissão de Assuntos Prisionais da OAB de Balneário Camboriú, informou que a rebelião era um “ato isolado de uma única cela, de cinco internos que buscavam transferência”. No entanto, com exclusividade, a reportagem da Rádio Menina conseguiu entrar no presídio para acompanhar as negociações e ouviu dos próprios presos que os pedidos eram por melhores condições na unidade prisional, relacionadas ao abastecimento de água, alimentação, saúde e itens de higiene.
O desencontro de informações deixou a situação ainda mais tensa dentro do presídio, mas as negociações do BOPE tiveram êxito e, por volta das 21h, o agente de controle interno foi liberado da cela, os detentos se renderam e a rebelião chegou ao fim sem nenhuma pessoa ferida.