Uma semana após um grupo de cinco detentos iniciar uma rebelião cobrando melhores condições no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, a Rádio Menina recebeu uma nova denúncia, desta vez da advogada de um apenado, relatando falta d’água, problemas na alimentação e superlotação do presídio.
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A advogada, que prefere não se identificar, contou que foi informada por seu cliente de que as celas, com limite para oito pessoas, estão abrigando 14 presos. Além disso, a comida servida na unidade estaria “azeda”. A denúncia ainda cita os problemas recorrentes envolvendo o abastecimento de água no presídio, impossibilitando ações simples como lavar as mãos e utilizar a descarga do vaso sanitário.
Superintendência nega problemas
Segundo nota enviada pelo superintendente do Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, Carlos Antônio Patrício, a alimentação “é produzida por uma empresa terceirizada, sob forte controle de qualidade, supervisão nutricional e rigorosa fiscalização do Estado”. O comunicado também explica que “a unidade enfrenta desafios sazonais relacionados ao abastecimento de água, que impactam também outras áreas da região” e que está trabalhando para minimizar os impactos do desabastecimento no presídio.
A nota da Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) ainda afirma que “irá apurar cautelosamente a denúncia, para que possa identificar eventuais casos pontuais que possam ter gerado a percepção dos fatos narrados e adotar medidas cabíveis, caso seja necessário”.