O alto custo dos presos no Brasil e mais: ex-governador de SC explica ausência em Chapecó

O elevado custo de manutenção de cada detento nos presídios estaduais brasileiros reflete uma realidade preocupante sobre o modelo prisional vigente.

Presos produzindo estofados dentro de unidade prisional em Santa Catarina

Presos produzindo estofados dentro de unidade prisional em Santa Catarina. Foto: Divulgação

De acordo com o painel Custo do Preso, atualizado pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, os gastos mensais por preso variaram entre R$ 1.100 e R$ 4.300, o que, anualmente, representa cifras entre R$ 13,2 mil e R$ 52,4 mil.

Em Santa Catarina, o custo médio mensal por preso alcançou R$ 3.393,69, colocando o Estado em quarto lugar no ranking nacional. Mas vale uma observação: os dados catarinenses foram enviados ao Senappen até março de 2024.

Parte desse valor se justifica pela folha de pagamento dos servidores do sistema prisional, que consome cerca de R$ 14,2 bilhões dos quase R$ 20,7 bilhões destinados ao sistema em nível nacional. No entanto, o restante – mais de R$ 6,5 bilhões – cobre despesas como manutenção das unidades, alimentação, água, luz, segurança e materiais básicos.

O ponto crítico está na ineficiência do sistema: apesar do expressivo investimento, os índices de reincidência criminal permanecem elevados, e a sociedade paga caro por um modelo que não entrega resultados efetivos.

Em Santa Catarina, há o diferencial de que muitos presos trabalham dentro do sistema prisional, produzindo móveis, confeccionando roupas e prestando serviços para empresas privadas.

Isso poderia ser uma importante fonte de redução dos custos e de reintegração social do preso, mas ainda há muito a avançar para que esse modelo traga impacto real.

A crítica, portanto, recai sobre o uso inadequado de recursos e a baixa eficiência da aplicação dos investimentos. O custo elevado do preso não corresponde a um sistema prisional sustentável, que deveria priorizar a ressocialização e a redução dos índices de reincidência.

Se o trabalho dos detentos fosse mais bem aproveitado e o valor gerado reinvestido em políticas de reabilitação e educação, os custos poderiam diminuir, e o impacto social positivo seria muito maior.

Aliança

O deputado federal e presidente estadual do União Brasil, Fábio Schiochet, era um dos mais empolgados das lideranças políticas presentes no evento de lançamento da pré-candidatura de João Rodrigues, em Chapecó, sábado (22).

Ele e o presidente do PSD em Santa Catarina, Eron Giordani, conversaram muito no pré e pós-evento. Os dois partidos estiveram juntos nas eleições de 2022, com o União encabeçando a chapa para o governo do Estado tendo o PSD como vice.

Nome no Senado

O PT avalia a possibilidade de lançar o ex-deputado federal e atual presidente do Sebrae nacional, Décio Lima, como principal candidato ao Senado por Santa Catarina em 2026.

A decisão está alinhada à estratégia nacional do partido, que prioriza a disputa por cadeiras no Senado para evitar que a direita conquiste a maioria na Casa.

Segundo o senador Humberto Costa (PT), essa medida busca impedir ações que possam dificultar a renovação diplomática, interferir em agências reguladoras ou provocar crises institucionais, como o avanço de pedidos de impeachment contra ministros do STF.

Com 54 das 81 vagas em disputa, a escolha de um nome forte do PT, como Décio Lima, visa fortalecer a representatividade da sigla e conter o avanço conservador no Senado.

Sublegenda

Durante o evento de lançamento da pré-candidatura de João Rodrigues (PSD) ao governo de Santa Catarina, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), destacou a importância de fortalecer o PSD como uma alternativa de protagonismo político no cenário nacional.

Governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), esteve em Chapecó – Foto: Divulgação/ND

Segundo ele, o partido não pode atuar como “sublegenda” de outras siglas, mas deve se consolidar como uma verdadeira opção para a população. “O PSD precisa ser protagonista e oferecer uma alternativa real para o Brasil e para Santa Catarina”, afirmou Ratinho Júnior, reforçando a união de esforços na construção desse projeto.

PL em Itajaí

O PL promoverá um encontro regional na próxima quarta-feira (26), às 19h22, no Clube Náutico Almirante Barroso, em Itajaí. O evento será uma oportunidade de reunir a base partidária e contará com a presença do presidente estadual do PL, governador Jorginho Mello, além de outras lideranças do partido.

Ausência

O ex-governador Raimundo Colombo (PSD), uma das lideranças do partido, foi uma das ausências notadas no encontro em Chapecó. Em contato com a coluna, Colombo disse que não compareceu por ter outro compromisso marcado com antecedência.

E que telefonou para João Rodrigues e Eron Giordani justificando a ausência e eles entenderam: “Não foi nenhum gesto político, como disseram”. O ex-governador disse ver com simpatia a iniciativa do prefeito de Chapecó, que se confirma como um nome importante na disputa ao governo do Estado.

Violência

O deputado estadual Lucas Neves (Podemos) se manifestou sobre as denúncias graves envolvendo o vice-prefeito de Lages, Jair Júnior, que é do mesmo partido do parlamentar.

Em nota, Neves repudiou veementemente a violência contra as mulheres e pediu investigação rigorosa. Jair Júnior foi detido sábado (22), sob suspeita de agressão e cárcere privado, e liberado após audiência de custódia e pagamento de fiança.

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