Camboriú precisa de “intervenção radical” no trânsito, avalia secretário de Planejamento Urbano

“Camboriú hoje precisa de uma intervenção radical de trânsito”, afirmou o secretário de Planejamento Urbano, Alexandre Metsger. Em entrevista ao programa Bote a Boca no Trombone da Rádio Menina, o profissional comentou a obra iniciada nesta segunda-feira, 24, na Rua Joaquim Garcia e os desdobramentos de trabalhos relacionados ao trânsito em outros pontos da cidade.

De acordo com o secretário, a rua próxima ao Centro de Camboriú receberá uma nova pavimentação. Ele explicou que o objetivo é que a via ganhe duas pistas. Uma delas deve auxiliar os motoristas que pegarem a entrada para o IFC (Instituto Federal Catarinense) e a outra será utilizada por quem for acessar a ponte que leva ao centro da cidade. 

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“Quem não entrar na ponte vai poder seguir pela direita sem parar o trânsito, então nós estamos fazendo essas mudanças de base”, afirmou Metsger.

As obras acontecem próximo à rotatória da Avenida Santa Catarina, para quem vai do sentido Balneário Camboriú ao centro de Camboriú. Segundo a prefeitura, há possibilidade de interrupção temporária do trânsito em determinados momentos. A intervenção deve seguir até esta quarta-feira, 26.


“Intervenção radical”

Durante a entrevista na Rádio Menina, o secretário afirmou ainda que “Camboriú hoje precisa de uma intervenção radical de trânsito”. Ele relatou que muitos moradores trabalham em Balneário Camboriú e gastam tempo no trajeto até a cidade vizinha. 

“É insustentável pro trabalhador ter que sair de casa 50 minutos, 60 minutos antes (do horário de trabalho), ele está perdendo tempo de qualidade, tempo de sono, tempo que poderia estar tomando um café com a família. Nós precisamos fazer essas mudanças estruturais no trânsito de Camboriú”, afirmou.


Obras no Braço

Uma obra paralisada na região do Braço tem sido alvo de constantes questionamentos. Metsger relatou que a retomada das obras deve ocorrer entre esta semana e a próxima segunda-feira, 31. 

Segundo o secretário, a continuidade dos serviços dependia de adequações no projeto, que foram feitas. “A gente fez uma alteração. É um projeto com a AMFRI (Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí), então a secretaria não pode ficar por conta própria com os seus projetistas alterando porque existe uma responsabilidade técnica”, explicou.

Havia um problema com a drenagem, que precisou ser corrigido antes de executar a pavimentação. Outra questão é que foi necessário “levantar” a pista na entrada da localidade Encantada. No local, havia o risco de que o asfalto fosse levado em caso de enxurradas.

Os problemas com a passagem de água de um lado para o outro estavam relacionados com a topografia do local. Um novo levantamento topográfico foi solicitado junto à AMFRI. “Também tem as residências, então a gente tem que ter responsabilidade. Já foi feita a topografia, os projetistas da AMFRI já estão entregando pra gente essa nova drenagem, essa nova passagem de água ali”, detalhou o secretário de Planejamento.


LICITAÇÃO CANCELADA

Metsger citou ainda que a licitação do primeiro trecho foi cancelada. “A obra não começou por causa da questão do plantio de arroz, essa obra não tinha alguns elementos que precisa, tirar aquele material podre da arrozeira, colocar rachão, substituir aquele solo, então achamos muito arriscado seguir com aquela licitação.”

Outro motivo é que a licitação foi dividida. Uma empresa seria responsável pela drenagem enquanto outra faria a pavimentação, o que poderia gerar conflitos na cobrança de responsabilidades durante e após a execução dos trabalhos.

“Se nós precisássemos cobrar a garantia da empresa que fez a pavimentação, ela poderia colocar a responsabilidade na empresa que fez a drenagem. Nós cancelamos essa licitação, estamos refazendo o projeto com um pouco mais de atenção em relação a esses problemas”, afirmou o secretário.

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Metsger citou como exemplo da importância da garantia dos serviços, a Rua Santa Cecília. O pavimento tinha garantia de cinco anos, segundo ele, mas apresentou problemas com menos de quatro anos após a obra.

A garantia foi cobrada pela prefeitura, a empresa removeu o asfalto, tapou as fissuras e fez uma nova pavimentação. Outra cobrança da administração em Camboriú é para a empresa por intervenções na Avenida João Acácio Simas, conhecida como Transluzia. 

“Tem uma obra grande de contenção que está com problemas, cedeu a calçada, então a gente está tomando esse cuidado com o projeto porque de fato estamos cobrando a garantia”, reforçou o secretário.


Revisão de projetos 

Diante da necessidade de cobrar a garantia caso a obra apresente problemas posteriores à sua execução, Metsger afirmou a importância de que os projetos sejam elaborados da forma correta. 

Segundo ele, os técnicos da Secretaria de Planejamento têm feito uma espécie de auditoria em projetos da gestão passada. O objetivo é evitar erros que tenham que ser corrigidos posteriormente.

“Um grande exemplo do que não se fazer é a Avenida Santa Catarina”, relatou o secretário. Segundo ele, alguns elementos foram executados fora das normas, como as bocas de lobo em cima da ciclovia. A empresa responsável pela obra foi cobrada e teve de refazer o que foi executado fora de norma, com o retrabalho custeado pela própria empresa.

De acordo com Metsger, esse foi um dos motivos que prolongou a obra e o transtorno acaba recaindo sobre a população e motoristas que precisam trafegar pela Avenida Santa Catarina diariamente.


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