Sem arrependimentos

Foto: Luan Lucas

A ex-prefeita Nilza Simas, de Itapema, não sente qualquer arrependimento em ter assinado a ficha de filiação ao PL, a convite do governador Jorginho Mello, no ano passado, após uma traumática saída do PSD, partido em que militou por mais de 16 anos.

Embora a então mandatária pretendesse, inicialmente, findar a administração municipal sem partido, os cortejos e agrados de Mello, sobretudo com aportes para a conclusão do Hospital de Itapema, garantiram o embarque da itapemenses nas fileiras liberalistas. Os frutos foram rapidamente colhidos.

Além de entregar a mais pomposa obra de sua gestão, Nilza Simas foi nomeada para um cargo executivo na Secretaria de Estado da Saúde e vem pavimentando uma candidatura ao parlamento catarinense em 2026. Já o PL alcançou mais uma importante prefeitura, com a eleição de Carlos Alexandre “Xepa” de Souza Ribeiro, indicado justamente como sucessor da primeira mulher a comandar o município.

“Eu tinha uma dívida de gratidão com o governador. Ele me chamou e me convidou. Por isso fui para o PL. Me deu destaque e me ajudou a entregar o Hospital de Itapema. Depois da minha desfiliação, fui para o PL e não me arrependo”, afirmou a ex-prefeita, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, na última quinta-feira (20).

REUNIÃO FATÍDICA

Nilza Simas não escondeu a decepção com o ex-correligionário, prefeito de Chapecó e pré-candidato a governador, João Rodrigues, figura decisiva para sua saída do PSD, no início de 2024.

Rodrigues, junto de outras lideranças estaduais, reuniu peessedistas – entre eles, a própria prefeita -, e anunciaram a candidatura do empresário Clóvis José da Rocha Júnior à prefeitura de Itapema. O episódio, segundo a ex-prefeita, foi “desrespeitoso”.

“Me senti desprestigiada na forma como aconteceu. Eu estava na reunião, com dois mandatos de vereadora, dois mandatos como prefeita pelo PSD, e não podia ser dessa forma. O diálogo em primeiro lugar. A forma como ele colocou essa situação ficou desagradável, chata e desrespeitosa. Precisamos respeitar as lideranças. Eu não fui ouvida, eles decidiram. Assim, eu não tinha mais espaços no PSD”, explicou.

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