
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de um jovem de 21 anos, acusado de desviar R$ 6.031.641,24 de uma fintech, sediada em Florianópolis.

Golpe foi de R$ 6 milhões em fintech localizada em Florianópolis – Foto: Criada por IA/ND
O crime, que teria ocorrido entre os dias 14 e 15 de julho de 2024, envolveu a utilização de tecnologia avançada e métodos sofisticados de fraude cibernética, como a violação de mecanismos de segurança e o uso indevido de credenciais de ex-funcionários da empresa.
As investigações apontaram que o jovem realizou 323 transferências fraudulentas para 96 contas bancárias, e parte do valor foi convertida em criptomoedas e transferida para a carteira digital Wallet of Satoshi.
O suspeito também utilizou parte do dinheiro desviado para comprar um veículo Fiat Fastback, registrado em nome de sua mãe, e realizar transações na plataforma iFood.
A fintech descobriu o golpe após alerta de uma instituição financeira que recebeu depósitos suspeitos. As investigações revelaram que os valores foram encaminhados a e-mails vinculados ao acusado e que o endereço IP utilizado na fraude estava registrado no nome de sua mãe.
A defesa do acusado alegou que a prisão preventiva não se justificaria, já que foi decretada mais de sete meses após o crime, e solicitou que o jovem respondesse em liberdade mediante aplicação de medidas cautelares alternativas.
No entanto, o STJ considerou o risco de reincidência e o nível de sofisticação do crime para manter a prisão preventiva. “É certo o perigo gerado pelo estado de liberdade do investigado, eis que demonstra alto grau de conhecimento tecnológico que poderá contribuir na reiteração delitiva”, escreveu na decisão o ministro Herman Benjamin.