BR-101: uma rodovia insuficiente para uma região eficiente

Quem conhece o trânsito de Balneário Camboriú e região sabe que a lentidão na BR-101 há muito tempo deixou de ser uma exclusividade da temporada de verão. A realidade dos motoristas, em qualquer época do ano, são filas, congestionamentos e tráfego lento.

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Na quarta-feira, 26, formaram-se filas quilométricas — 18 km, para ser exato — entre Itapema, Balneário Camboriú e Itajaí, em ambos os sentidos da rodovia. No sentido Norte, recebi a informação da Arteris de que um caminhão sofreu uma pane mecânica e bloqueou a faixa da esquerda, provocando o congestionamento. No sentido Sul, nenhuma ocorrência, apenas o famoso “alto fluxo de veículos”.

Recebi relatos de ouvintes de que o caminhão com pane ficou parado na rodovia das 16h30 às 19h30. Faltou agilidade da concessionária em fazer o mínimo que se espera: colocar o veículo no acostamento, liberar a pista e tentar agilizar o trânsito. Apesar da minha indignação com a “Dona Arteris”, entendo que imprevistos podem acontecer e que, convenhamos, não é tão fácil movimentar um caminhão quebrado.

Mas, ao mesmo tempo, fiquei me questionando: e no sentido Sul, qual é a desculpa? Sinceramente, a história do “alto fluxo de veículos” não cola mais. Não venham também com a história dos curiosos que passam devagar para ver o que está acontecendo. O correto seria dizer que temos uma rodovia insuficiente para uma região eficiente.

Uma BR-101 que não acompanha o crescimento do nosso turismo, que bateu recordes de ocupação hoteleira durante a temporada de verão em Balneário Camboriú, e que também não conseguiu acompanhar a expansão da construção civil, que impulsionou as cidades da região para o topo do metro quadrado mais valorizado do Brasil.

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Governadores, deputados, prefeitos, vereadores, motoristas, empresários, caminhoneiros, imprensa, associações e entidades fazem suas cobranças, cada um com sua força. O fato é que o único órgão capaz de exigir algo da concessionária é o governo federal, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e essas cobranças parecem tão paradas quanto a nossa BR-101 — não andam de jeito nenhum.

Enquanto isso, a Arteris usa como escudo um contrato de concessão defasado para as necessidades atuais do trecho sob sua responsabilidade na BR-101, em Santa Catarina. Caso qualquer obra ou melhoria seja solicitada, a resposta já está pronta: “é necessário avaliar a necessidade de reequilíbrio econômico-financeiro”. Em termos leigos, eles estão dizendo o seguinte: para fazer obras, vamos aumentar o valor do pedágio. O fato é que a BR-101 está parada, em todos os sentidos


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