Olimpíadas: dois atletas brasileiros avançaram para as oitavas de final no tiro com arco


Marcus Vinícius D’Almeida é líder do ranking mundial. Ana Luísa Caetano, de 21 anos, está em sua primeira Olimpíada. Ana Luísa Caetano
Reprodução/TV Globo
No tiro com arco, dois atletas brasileiros se classificaram para as oitavas de final.
Flechas voando sobre Paris e a cidade fica em silêncio, vendo surgir os heróis. O tiro com arco toma conta de uma paisagem tão bonita quanto importante. Debaixo da cúpula dourada, repousa o maior general da França. Paris desenhou a história olímpica com os arqueiros entre os personagens principais. Bem perto de Napoleão, os brasileiros aprenderam que não existe batalha perdida antes do fim.
Se atingir o centro de um ponto amarelo a 70 m de distância já é difícil, imagine fazer isso com a obrigação de acertar. E Ana Luísa Caetano conseguiu. Ela virou dois combates e contra a arqueira da Malásia decidiu na flecha de ouro, a do desempate. Aos 21 anos e na primeira Olimpíada, não parece novata nem nos gestos e nem nas palavras.
“Nossa, assim, eu amo a pressão. É isso que eu gosto, essa é a minha parte preferida da competição. Então, eu busco isso. Óbvio, ganhar de 6 a 0 é muito melhor, mas quando essa pressão bate, eu gosto dela, eu sinto ela, isso ajuda demais”, diz Ana Luísa Caetano.
Olimpíadas: dois atletas brasileiros avançaram para as oitavas de final no tiro com arco
Reprodução/TV Globo
Se também sente a pressão, Marcus Vinícius D’Almeida não dá sinais, nem mesmo para quem o conhece muito bem.
“Ele não. Ele é assim. É um escudo focado, concentrado”, diz Isabella D’Almeida, irmã de Marcus D’Almeida.
O brasileiro líder do ranking mundial saiu perdendo para o adversário ucraniano, que por cinco vezes seguidas acertou o 10.
“Fez um 50 seguido, e eu falei: ‘Rapaz, está ficando complicado aqui. Se ele mantiver esse nível’. Mas eu estou no meu foco. É sobre eu e o alvo. Não estou me importando com quem está do meu lado”, afirma Marcus Vinícius.
Foi assim que ele virou o combate e, logo depois, passou mais tranquilamente pelo adversário japonês, ganhando de 7 a 1.
Marcus Vinícius D’Almeida
Reprodução/TV Globo
No tiro com arco, nos momentos mais difíceis ganha o coração que bate pausado, ganha a mão que não treme. Nesta terça-feira (30), ganhou o Brasil.
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