Homem que mandou agredir e assassinou menor hemofílico é condenado a 38 anos de prisão em SC

Um homem foi condenado a 38 anos e oito meses de prisão em Fraiburgo, no Meio-Oeste de SC. O réu matou um adolescente de 17 anos após ser ligado falsamente ao tráfico de drogas em abril de 2023 em Monte Carlo.

O homem foi condenado em Fraiburgo por matar adolescente – Foto: Pixabay/Divulgação/ND

O homem foi denunciado por três crimes: uma tentativa de homicídio, um homicídio e corrupção de menores. O réu foi reconduzido ao Presídio Regional de Videira para o cumprimento da sentença e não poderá recorrer em liberdade.

Condenado

Ainda, o MP destaca que o condenado empregou três qualificadoras no homicídio:

1. O motivo torpe: pois matou por achar que a vítima pertencia a uma facção criminosa;
2. O meio cruel: provocou sofrimento desnecessário ao desferir golpes com objeto perfurocortante;
3. Recurso que dificultou a defesa: atacou uma pessoa altamente debilitada;

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) explica que os dois adolescentes envolvidos estão cumprindo medidas socioeducativas pelo crime.

Detalhes do crime

O MP destaca que uma suspeita infundada resultou em um crime brutal em Monte Carlo, também no Meio-Oeste. Conforme a investigação, o condenado deduziu que a vítima pertencia a uma facção criminosa rival.

Com isso, ele ordenou que outros dois adolescentes levassem o adolescente para uma casa abandonada. No local, a vítima foi agredida em um banheiro e o ato causou diversos ferimentos.

De acordo com o MP, os machucados foram agravados por conta da hemofilia, uma doença genética que altera o processo de coagulação do sangue.

A morte do adolescente

Após as agressões, ele foi levado pelos adolescentes até um lugar afastado e o réu ordenou que os dois matassem a vítima. Porém, horas depois, o condenado foi conferir se a ordem havia sido cumprida e percebeu que o jovem estava vivo.

Então, ele consumou o homicídio com golpes de um objeto perfurocortante que atingiu a cabeça, pescoço, tórax, abdômen, braço e o dorso do adolescente que não resistiu aos ferimentos.