Venezuelanos fazem manifestação contra Maduro na fronteira do Brasil


Manifestantes se reúnem em Pacaraima, município roraimense na fronteira do Brasil, na tarde deste domingo (28), dia de eleição presidencial na Venezuela. Venezuelanos se manifestam em oposição a reeleição de Maduro, em Pacaraima (RR).
Caíque Rodrigues/g1 RR
Ao menos 300 venezuelanos participaram de uma manifestação em oposição a uma possível reeleição de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela, em Pacaraima, município roraimense na fronteira do Brasil, na tarde deste domingo (28) — dia de eleição no país vizinho.
Com bandeiras da Venezuela e roupas que representam as cores do país, eles estão distribuídos por toda a fronteira entre os dois países.
“E vai cair, e vai cair, esse governo vai cair” eles gritam em espanhol.
Migrantes venezuelanos se reúnem na fronteira entre os dois países.
Caíque Rodrigues/g1 RR
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O grupo começou a se reunir por volta das 17h (18h no horário de Brasília), no ponto onde as bandeiras brasileiras e venezuelanas dividem espaço. O ato se encerrou por volta de 18h30, horário local, em razão de uma chuva.
Na capital Boa Vista, migrantes também fizeram uma passeata no fim da tarde. O resultado da eleição venezuelana esta previsto para sair entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira (29).
Na fronteira, os maigrantes tomaram o marco da fronteira da Venezuela com o Brasil de forma pacífica. Com gritos e palavras de ordem eles pedem a queda do atual presidente Nicolas Maduro, o chamando de “ditador”.
Oceania Cayone, de 30 anos, refugiada venezuelana em manifestção em Pacaraima, RR.
Caíque Rodrigues/g1 RR
“Queremos uma Venezuela livre, queremos comemorar o fim da opressão. Estamos reunidos, concentrados para apoiar nosso país, pois deixamos nossas famílias sofrendo lá e estamos no Brasil tentando uma vida melhor, mas queremos voltar para a Venezuela e a queda de Maduro”, disse ao g1 a refugiada Oceania Cayone, de 30 anos.
Migrante Angeli Bellis, de 31 anos, protesta pelo fim do governo de Maduro.
Caíque Rodrigues/g1 RR
A costureira Angeli Bellis, de 31 anos, também se expressou pelo fim do atual governo. Ela deseja “que as eleições ocorram e que a decisão do povo seja respeitada”.
“Queremos que caia o governo dele, queremos o fim da ditadura”, ressaltou a migrante.
Com o início da manifestação, militares da Guarda Nacional Venezuelana se organizaram armados para reforçar o bloqueio da fronteira, que está fechada pelo lado venezuelano desde sexta-feira (26) por conta das eleições. Uma guarnição da Polícia Militar de Roraima também esteve no local.
Militares venezuelanos na fronteira do Brasil com a Venezuela, na tarde deste domingo (28).
Caíque Rodrigues/g1 RR
A eleição na Venezuela tem na disputa Nicolás Maduro, que tenta se manter no poder pelo terceiro mandato seguido, e o opositor dele, o diplomata Edmundo González, que se tornou candidato de última hora e diz acreditar na vitória.
Venezuelanos também se manifestam em outras cidades brasileiras. Na região da Avenida Paulista, Centro de São Paulo, centenas de migrantes participaram de um ato em defesa da democracia.
Reunidos em frente à estátua de Francisco de Miranda, ex-presidente venezuelano, na Praça do Ciclista, os manifestantes cantaram o hino do país e puxaram um coro com gritos de “liberdade”. As cores nacionais estavam estampadas em rostos, camisetas, bonés e cartazes.
Manifestantes venezuelanos na fronteira do país com o Brasil.
Caíque Rodrigues/g1 RR
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Para votar nas eleições presidenciais deste domingo (28), migrantes que moram em Pacaraima, município de Roraima na fronteira do Brasil com a Venezuela cruzam a pé e até por rotas clandestinas – conhecidas como trochas – o marco entre os dois países. A previsão é que a fronteira só seja reaberta na segunda-feira (29).
No Brasil, o único lugar em que os venezuelanos poderiam votar à distância seria a embaixada da Venezuela, no Distrito Federal, contudo, é uma viagem inviável para a maioria dos migrantes.
Manifestação de venezuelanos na fronteira do Brasil.
Ronny Alcântara/Rede Amazônica
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