Greve: Urbana-PE diz que apenas 23% da frota de ônibus saiu às ruas

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) apontou que apenas 23% da frota de ônibus saiu às ruas na manhã desta segunda (12). Neste primeiro dia de greve, os empresários acusam o Sindicato dos Rodoviários de descumprir a lei que estebelece 70% da frota em horários de pico.

Antes do início das viagens, lideranças dos Rodoviários estiveram nas garagens para controlar a saída dos coletivos. A Polícia Militar também esteve na porta de algumas empresas para garantir o início da operação.

De acordo com a Urbana-PE, a categoria descumpriu a lei de greve e a orientação do Grande Recife Consórcio de Transporte, que previa 70% dos coletivos em circulação em horário de pico e 50% da frota nos demais horários.

“A Urbana-PE reitera que tomará todas as medidas possíveis para minimizar os transtornos à população, o que inclui acionar a justiça do trabalho com expectativa de breve julgamento para cessar os prejuízos sistematicamente causados pelas lideranças rodoviárias”, se posicionou em nota.

Impasse sobre reajuste salarial

A proposta de reajuste do Sindicato dos Rodoviários pede o aumento real de 5% no salário, adicional de dupla função de R$ 500 e o aumento do ticket para R$ 720. A categoria também exige plano de saúde integral e o fim do controle de jornada por GPS. A entidade sindical critica o monitoramento por geolocalização e diz que essa cláusula desconta dos trabalhadores pelo atrasos quando o ônibus quebra.

A Urbana-PE nega o plano de saúde e a derrubada da cláusula do GPS. A proposta dos donos de empresas é de reajuste de 4,2%, com o aumento real de 0,5%, além do acréscimo de R$ 34 no ticket e adicional por dupla função em R$ 180.

Rodoviários responsabilizam Raquel Lyra

Os Rodoviários também cobram uma participação ativa do governo do estado nas negociações para um acordo com a Urbana-PE.

“Desde as primeiras assembleias, a categoria já deixava claro sua insatisfação e que se não houvesse nova proposta iria a greve, no entanto nada, nenhuma nova proposta foi feita! O governo Raquel Lyra, responsável pela gestão do Transporte público de passageiros, por sua vez simplesmente ignora tal situação. Entretanto, somente em subsídios já foram destinados mais de R$348 milhões aos empresários, com a previsão de chegar a R$ 400 milhões até o fim do ano. Entendemos portanto que o Governo do Estado precisa participar das negociações e mediar uma solução, a responsabilidade pela GREVE é do governo doestado e dos empresários. Esperamos que até o início da GREVE esses agentes assumam sua responsabilidade e apresentem uma proposta decente que possa impedir o movimento paredista”, segue o texto.

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