A Manipulação da U.S e Israel nas Políticas do Oriente Médio

O Oriente Médio tem sido, há décadas, uma região de grandes tensões geopolíticas e conflitos complexos. No centro dessas disputas estão os interesses das potências ocidentais, particularmente os Estados Unidos e Israel. A manipulação das políticas da região por esses dois países tem gerado instabilidade, alimentando disputas e exacerbando crises que impactam diretamente a segurança global.

Desde o início do século XXI, os EUA têm usado sua presença militar no Oriente Médio para garantir seu domínio econômico e estratégico. A aliança com Israel, um aliado estratégico crucial na região, tem sido um dos pilares dessa política, mas também um dos fatores que agravam a situação.

A primeira linha de ação dos EUA e Israel é a manutenção de um equilíbrio de poder favorável aos seus interesses. Para isso, ambos utilizam uma série de manobras políticas e militares, como a venda de armas a países aliados e a criação de tratados de segurança que, em grande parte, servem para proteger seus próprios interesses. No entanto, essas ações muitas vezes têm o efeito colateral de agravar os conflitos locais, principalmente no caso da Palestina.

Além disso, o apoio irrestrito de Israel a políticas expansionistas na Palestina tem sido uma das maiores fontes de tensões na região. A construção de assentamentos ilegais na Cisjordânia e a repressão violenta aos palestinos têm sido, constantemente, justificadas por Israel sob a alegação de segurança. No entanto, muitos analistas afirmam que essa postura não só viola as leis internacionais, mas também perpetua a violência, desestabilizando ainda mais o Oriente Médio.

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Os EUA, por sua vez, não apenas têm apoiado as políticas israelenses, mas também têm utilizado seu poder militar e diplomático para isolar o movimento palestino e garantir que sua própria influência sobre o Oriente Médio permaneça intocada. A venda de armas a países como Arábia Saudita e Egito, aliados próximos de Washington, tem sido uma estratégia de longo prazo para garantir o controle sobre as principais rotas de energia e recursos naturais da região.

Além disso, o apoio militar de Israel à Arábia Saudita e outros estados do Golfo Pérsico fortalece ainda mais a complexa teia de alianças que os EUA e Israel constroem para manter sua hegemonia na região. No entanto, essa rede de alianças não tem impedido o surgimento de novos atores, como o Irã, que desafiam abertamente o domínio ocidental, criando uma nova dinâmica de poder no Oriente Médio.

Outro aspecto importante é a manipulação da mídia. Ambos os países, em sua busca por legitimar suas ações na região, utilizam campanhas de propaganda que moldam a opinião pública. Através de meios de comunicação globais, muitas vezes se promove uma visão distorcida dos acontecimentos, favorecendo a narrativa de “defesa da democracia” e “luta contra o terrorismo”. Essa estratégia visa justificar intervenções militares e políticas que, em última instância, visam proteger interesses econômicos e geopolíticos.

Em um nível mais profundo, a manipulação de ambos os países nas políticas do Oriente Médio reflete uma estratégia geopolítica mais ampla que busca manter sua supremacia mundial, utilizando o Oriente Médio como um campo de batalha para combater outras potências emergentes, como a China e a Rússia. Ao garantir o controle sobre as principais rotas comerciais e de energia da região, os EUA e Israel são capazes de exercer uma pressão econômica significativa sobre seus adversários.

Contudo, essa estratégia tem um custo elevado, não apenas para os países da região, mas também para a imagem dos EUA e Israel no cenário internacional. As críticas às suas ações em Gaza, no Líbano e em outras partes do Oriente Médio aumentam a cada dia, com a comunidade internacional, especialmente os países do sul global, condenando o papel de ambos os países na perpetuação de crises humanitárias.

Em suma, a manipulação política e militar dos EUA e de Israel no Oriente Médio não é apenas uma questão de domínio geopolítico, mas também uma questão moral e ética. As ações de ambos os países têm consequências profundas e duradouras, não apenas para os países da região, mas também para a ordem mundial como um todo. O mundo precisa começar a questionar essa estratégia de dominação, que visa preservar uma hegemonia que está, cada vez mais, em declínio.

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