Equipe Cerberus conquista terceiro lugar na Competição Brasileira de Robótica

De acordo com a capitã da equipe, Ana Laura Ladir de Oliveira Martins, o sonho de competir na CBR existia desde julho de 2023, quando a Cerberus foi formada por dez estudantes. Hoje, a equipe tem 19 integrantes, todos do curso de Engenharia Mecatrônica (veja lista abaixo). Esta foi a primeira participação da equipe na competição. “Fomos com um orçamento muito baixo e mesmo assim conseguimos nos classificar em terceiro lugar”, orgulha-se Ana Laura.

A Cerberus competiu na Robocup, que é uma “copa” de futebol de robôs autônomos controlados por inteligência artificial. “A Inteligência Artificial é programada pelo time e é guiada pelo sistema de visão que fornece imagens do jogo (de cima) para todos os times participantes. Com a imagem, a IA deve processar a informação do jogo e decidir quais jogadas devem ser feitas pelos robôs”, explica.

A líder da equipe conta que o processo de desenvolvimento foi árduo e trabalhoso. “Principalmente porque não tivemos só que desenvolver os robôs, mas levantar os meios que nos permitissem fazer isso. Mas trabalhamos com os poucos materiais que tínhamos e com o pouco que poderíamos bancar (por exemplo, nossos motores custavam R$ 15 na Aliexpress, enquanto o de outras equipes custavam em média R$ 300, cada motor). Foram muitas noites em claro e muitos finais de semana que trabalhamos da manhã até a madrugada para podermos realizar nosso sonho de competir e ir bem na CBR”, relata Ana Laura.

Houve até administração de contratempos de última hora: Ana conta que os motores de um dos robôs que seriam usados na competição queimaram um dia antes da viagem. “Lá, construímos um terceiro robô somente de peças remanescentes de outro, e usando uns motores velhos que tínhamos”.

O contato com estudantes de outros países – tanto da América Latina quanto da Rússia – proporcionou crescimento pessoal, acadêmico e profissional, na avaliação da capitã da Cerberus. “Voltamos de lá com novos amigos, novas ideias e com certeza muito trabalho para fazer. Desde o momento que chegamos na competição nós trocamos ideias com todos os competidores, desde os mais novos até aqueles que já foram campeões mundiais, sobre os nossos robôs, as estruturas, a eletrônica e a nossa programação. Voltamos com a cabeça a mil e muita vontade de trabalhar e fazer melhor ainda. A experiência é muito enriquecedora e vale muito a pena, sem dúvidas. Não teve uma pessoa que foi e não voltou apaixonada pelo evento e o que ele proporciona ao aluno”, relata a estudante.

Para viabilizar a participação da Cerberus na CBR, os integrantes da equipe levantaram fundos com rifas, vendas de doces e polaroids. Contaram também com apoio do edital Conexões para Inovar da Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Feesc), da Armanda Móveis, do PET Mecatrônica, do SolidWorks e do Departamento Acadêmico de Metal Mecânica (DAMM) do IFSC.

Equipe Cerberus
Ana Laura Ladir de Oliveira Martins, 23 anos, capitã da equipe
Amanda Hillesheim Salm, membro da Mecânica 
Caio de Macedo Schweitzer, membro da Programação 
Davi Guimarães Possa, membro da Programação 
Gabriela de Melo Gomes, vice-capitã da equipe 
Guilherme Henrique Benck Bandeira, líder da Eletrônica 
Guilherme Souza Pimentel, membro da Mecânica 
Heitor Fontinele de Araújo, membro da Mecânica 
Kauam Franco da Silva Lima, líder da Programação 
Maria Cecília de Oliveira, membro da Mecânica 
Maria Eduarda Borges de Lima, membro do Marketing
Paulo Henrique Leal de Melo, membro da Mecânica 
Thalles da silva batista, membro da Eletrônica 
Thauan Felipe Silva Feitoza, membro da Programação 
Thiago Ferreira Silveira, membro da Eletrônica 
Tiago Lemos Guerra de Almeida, líder da Mecânica 
Vitor Jesus dos Santos, membro da Eletrônica
Luiz Eduardo da Costa, membro da Programação
Alexandre Magno Debona Zoppé Filho, membro Marketing