Aedes aegypti: 78% dos municípios catarinenses com focos de mosquito e alerta para aumento de casos de dengue, chikungunya e zika

A proliferação do mosquito Aedes aegypti segue sendo um grande desafio para Santa Catarina. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVE), 78% dos municípios catarinenses apresentam focos identificados do mosquito, e 60% deles são considerados infestados. A DIVE também identificou cerca de 16 mil focos de criadouros do vetor da dengue, chikungunya e zika vírus em 231 cidades do estado. O número de municípios com alta infestação chega a 178, e a situação de risco é verificada em todas as regiões, como Oeste, Extremo-Oeste, Vale do Itajaí, Planalto Norte, Grande Florianópolis, Norte e Sul do estado.

O diretor da DIVE, João Fuck, destaca a gravidade da situação: “Esse cenário representa um risco importante, já começamos a observar a transmissão de algumas doenças em Santa Catarina. Em relação à dengue, já temos 5.500 casos prováveis notificados, sem nenhum óbito confirmado, mas com um óbito em investigação”, afirmou. O aumento no número de casos tem sido registrado nas últimas semanas, o que, segundo João, é um alerta importante, principalmente devido às condições climáticas favoráveis, com calor intenso e chuvas regulares. “Tudo isso contribui para a reprodução do mosquito e, com isso, podemos observar um aumento nos casos nas próximas semanas”, reforçou.

O número de casos prováveis de dengue registrados em Santa Catarina em 2025, porém, é cinco vezes inferior ao observado no mesmo período de 2024. Diogo Demarchi Silva, secretário de Estado da Saúde, mantém o alerta sobre a situação. “Apesar da queda no número de casos, é importante manter a cautela, pois a notificação dos casos ainda leva tempo. Além disso, enfrentaremos a batalha contra a dengue até, no mínimo, junho deste ano”, destacou o secretário. Ele também mencionou os investimentos em equipamentos para o manejo da doença e enfatizou que a luta contra a dengue ainda está longe de acabar.

Além da dengue, a proliferação do Aedes aegypti também tem resultado em 66 casos prováveis de chikungunya e 4 casos de zika vírus este ano. João Fuck alerta para a circulação de outros vírus, como a chikungunya, que também é transmitida pelo mesmo mosquito e tem como característica a dor articular intensa. “Nos casos de dengue e chikungunya, é essencial que as pessoas reforcem as medidas de prevenção, eliminando os locais com água parada. Essa continua sendo a melhor estratégia de combate”, concluiu o diretor.

 

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