Moscou acusa Ucrânia de ataque a bomba que matou general russo perto do Kremlin


A bomba no patinete elétrico que matou o general Igor Kirillov e o assistente dele foi detonada remotamente. Ataque com ‘patinete-bomba’ mata general da Rússia na capital Moscou
A morte de um general da Rússia na capital do país abriu um capítulo novo na guerra que teve início quando o Exército de Vladimir Putin invadiu a Ucrânia.
Os dois saindo de um prédio em Moscou eram o general russo e o assistente dele. Em um patinete do lado tinha uma bomba entocada. Os dois morreram.
Não foi um ataque qualquer por algumas razões. Primeiro porque o general Igor Kirillov era peixe grande. Ele era acusado de supervisionar o uso de armas químicas proibidas em ataques da Rússia à Ucrânia. Segundo porque foi no Centro de Moscou, capital, a 7 km só do Kremlin – a sede do governo de Vladimir Putin. A Rússia falou alto. Classificou o incidente como “ato terrorista” e prometeu retaliação contra autoridades ucranianas.
A Ucrânia não assumiu publicamente a autoria do assassinato. Mas fontes do serviço secreto ucraniano e do governo confirmaram para a imprensa internacional, em anonimato, que foi mesmo o país que orquestrou tudo.
A Ucrânia já havia acusado formalmente Kirillov pelo uso de armas químicas proibidas por tratados internacionais. A Justiça chegou a emitir um mandado de prisão contra ele por crimes de guerra. O general teria autorizado o uso contra as tropas ucranianas nas trincheiras de um gás chamado cloropicrina, arma química da Primeira Guerra Mundial, que causa asfixia e é proibida hoje em dia.
Moscou acusa Ucrânia de ataque a bomba que matou um general russo perto do Kremlin
Jornal Nacional/ Reprodução
Recentemente, o Reino Unido aplicou sanções contra o general russo pela mesma suspeita e também por considerá-lo um importante porta-voz de desinformação. Esse foi um dos ataques mais ousados contra um militar de alta patente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há quase três anos. É também o caso mais recente de uma série de ataques ucranianos direcionados a militares e figuras pró-Vladimir Putin dentro da Rússia.
A bomba no patinete elétrico que matou o general e o assistente dele foi detonada remotamente às 6h. Os investigadores descobriram uma câmera escondida em um carro de aplicativo, usada para monitorar os passos do general. Não está claro se é a mesma que gravou as imagens da explosão. Agora, os russos estão tentando entender quem conseguiu plantar o explosivo em pleno Centro de Moscou.
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