Desemprego no Brasil cai para 6,9%, menor índice para o 2º trimestre em dez anos, aponta IBGE

Levantamento publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quarta-feira (31), mostra que o desemprego recuou durante o último trimestre.

Os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) aponta que o trimestre, encerrado em junho, teve queda de 6,9%, o menor para o período nos últimos 10 anos.

Desemprego recua 6,9% no Brasil e atinge o menor índice, para o período, em 10 anos

Desemprego recua 6,9% no Brasil e atinge o menor índice, para o período, em 10 anos – Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação/ND

Menor índice de desemprego desde 2015

A pesquisa mostra que 7,5 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho no país. Este é o menor número desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. A população desocupada diminuiu 12,5% no trimestre e 12,8% ao ano, o que representa cerca de 1,1 milhão de pessoas.

A população brasileiros trabalhando, conforme o estudo, totalizou 101,8 milhões no trimestre encerrado em junho, novo recorde da série histórica. O aumento se deu nas comparações trimestral (1,6%, mais 1,6 milhão de pessoas) e anual (3%, mais 2,9 milhões de pessoas).

O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 38,4, enquanto os sem carteira chegou a 13,8 milhões. Os números também são recordes. O total de empregados no setor privado chegou 52,2 milhões. Já a população fora da força de trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,7 milhões.

“Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres”, destaca a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

Salário médio do brasileiro cresceu no trimestre

Os brasileiros empregados têm salário médio de R$ 3.214, alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual.

“Essa expansão disseminada entre as diversas atividades econômicas é bastante importante, porque acaba beneficiando tanto os trabalhadores em ocupações de maior renda quanto aqueles de menor rendimento”, observa a analista. O aumento do rendimento também é impulsionado pela expansão do número de trabalhadores em diversas atividades, públicas ou privadas.

A massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.

População desalentada

A população desalentada — aquela que não possui e nem busca emprego, — registrou 3,3 milhões, o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões). O resultado mostra um recuo de 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e de 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano.

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